Detentos fazem rebelião em presídio de São Paulo
De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária, não há reféns feitos no local. Detentos começaram a ser dispersados por volta de 13h40
Detentos da Penitenciária I de Franco da Rocha, localizada na Grande São Paulo, fizeram um motim e iniciaram um incêndio dentro da unidade na manhã deste sábado (20/7). O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar as chamas. Não há relato de feridos. A situação foi controlada por volta de 14h.
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Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que o "Grupo de Intervenção Rápida, formado por agentes penitenciários, está atuando no local". A pasta também comunicou que não há reféns. "A direção da unidade faz neste momento o levantamento dos danos, que ocorreram em dois dos pavilhões habitacionais no final da manhã de hoje, 20/07", comunicou.
No site da Sap, diz que a penitenciária de Franco da Rocha tem capacidade para 914 detentos, mas possui 1.926 presos. Além disso, o local também tem capacidade para 108 detentos em regime semi aberto, mas recebe 265 presos, segundo o G1.
Os detentos começaram a ser dispersados pela polícia por volta de 13h40. Um grupo ficou em cima do telhado da penitenciária atuando para reprimir o motim. Ainda conforme o G1, os presos foram encurralados em um dos pátios da penitenciária, enfileirados e colocados nus, sentados de costas.
O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado São Paulo (SIFUSPESP) afirmou, em nota, que a rebelião em Franco da Rocha “é uma tragédia anunciada há anos” e que desde 2022 alerta o governo de São Paulo sobre o sucateamento de unidades prisionais e o déficit de policiais penais.
Ainda segundo o sindicato, esta foi a primeira rebelião em quatro anos, mas foram 18 fugas do regime semiaberto somente entre dezembro de 2023 e maio de 2024, enquanto nos primeiros cinco meses de 2024, foram registradas 203 agressões a policiais penais, um aumento de 276% em relação ao mesmo período do ano passado.
“O número de assassinatos dentro das unidades prisionais quase triplicou no mesmo período, saltando de 5 para 14, evidenciando a perda do controle do Estado dentro de seus presídios”, alertou o sindicato, afirmando que “é preciso recompor o efetivo de policiais penais, investir em infraestrutura e equipamentos de segurança, além de promover políticas públicas que possibilitem a reinserção social dos presos”.
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