Defesa de procurador que espancou colega de trabalho alega surto psicótico
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Demétrius Macedo aparece desferindo socos em Gabriela Barros
A defesa de Demétrius Oliveira de Macedo alegou surto psicótico para o caso onde o advogado espancou Gabriela Samadello Monteiro de Barros, dentro da Prefeitura de Registro, no interior de São Paulo, na última segunda-feira (20). As informações são do portal CNN Brasil.
“É evidente que os acontecimentos do último dia 20/6 ocorreram em novo episódio psicótico, provavelmente com delírio persecutório, em meio ao qual, privado da razão, o procurador lamentavelmente veio a cometer os atos de lesão corporal que merecem o absoluto repúdio da sociedade”, declarou a nota assinada pelo escritório de advocacia Marco Antônio Modesto, que representa Macedo.
O argumento da defesa é de que o procurador sofre com “problemas de ordem psiquiátrica” desde 2020, já tendo apresentado quadros de surtos psicóticos e delírios. De acordo com informações, Macedo pediu demissão de seu cargo nesse mesmo ano e teve a “falta de consciência de seus atos” constatada no exame demissional. Através de processo judicial, Demétrius conseguiu a restituição do cargo público no ano seguinte.
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A defesa apresentou ainda um atestado psiquiátrico, datado de 08 de dezembro de 2020, alegando que o advogado apresentava “sintomas sugestivos de Transtorno de estresse pós-traumático e episódio agudo de paranoia”. A crise teria sido tratada com medicação. No dia seguinte, o exame demissional de Macedo fora assinado com base no laudo psiquiátrico.
Relembre o caso
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Demétrius Macedo aparece desferindo socos em Gabriela Barros, de 39 anos. As imagens mostram ainda que uma segunda funcionária é empurrada contra uma porta ao tentar conter o agressor. Nas gravações, é possível ouvir Macedo usando palavras de baixo calão contra a procuradora.
A CNN teve acesso à íntegra do vídeo, mas decidiu não exibir por completo por conta da violência das imagens.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou o procurador por tentativa de feminicídio na última quinta-feira (29).
“O ataque contra a incolumidade física da vítima e a gravidade dos ferimentos, estampada nas fotos da ofendida, atingida primordialmente no rosto e cabeça, região vital, não deixam dúvidas que Demétrius buscava a morte da vítima, que apenas não ocorreu por circunstâncias alheias a sua vontade, qual seja, a interferência de terceiras pessoas presentes na repartição pública, ambiente de trabalho de ambos”, registra a denúncia.
Neste mesmo dia, o procurador foi preso preventivamente.
(Estagiária Luciana Carvalho, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)
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