'Day Trader' é investigada por golpe de R$ 4 milhões em investidores
As investigações ainda estão em andamento, mas a mulher teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça

Uma mulher de 37 anos, que trabalhava como assessora e consultora de investimentos, é investigada pela Polícia Civil por aplicar um golpe de mais de R$ 4 milhões em investidores. Segundos as informações iniciais, ela fez, pelo menos, 11 vítimas.
A consultora se apresentou numa delegacia de Belo Horizonte, em Minas Gerais, na última segunda-feira (24) e ficou presa preventivamente pelo crime de estelionato.
As investigações dão conta que ela já tinha experiência na área, já que trabalhou em outras instituições financeiras e possui cadastro profissional na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O golpe da consultora
No caso do golpe, ela firmava contratos com os clientes em que prometia investir o dinheiro deles e conseguir um retorno financeiro acima da média e considerado alto pelos padrões. Quando as vítimas tentavam contato com ela, a consultora parou de responder e chegou a deletar as redes sociais.
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O delegado do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes, Rafael Alexandre de Faria, contou sobre o caso. “Ocorre que ela recebeu esses valores, parou repentinamente de repassar qualquer valor para os supostos investidores, deletou as redes sociais e desativou o endereço físico onde ela se identificava como assessora de investimentos”, explicou.
O clube de investimentos criado por ela não tem nenhum número registrado na CVM, entidade responsável pela fiscalização do setor. Desta forma, ela não tinha autorização para operar com os clientes que estava recebendo.
Explicação do golpe
Em depoimento, a consultora afirmou que perdeu os valores realmente fazendo investimento no mercado financeiro, realizando "Day Trade". Acontece que há indícios de que ela praticou pirâmide financeira, que é proibida no Brasil, pois a modalidade consiste em gerar retornos financeiros ao antigos clientes por meio do aporte de novos clientes, em que a única possibilidade é o colapso do esquema.
"Ela disse que fazia esses investimentos com o formato chamado 'Day Trade' - é um investimento de curto prazo, que começa e termina no mesmo dia, geralmente em bolsa de valores. Ainda investigamos a destinação desse dinheiro, principalmente pelo fato de ter vultuosas quantias passando para contas de familiares dela. São valores de R$ 400 mil, R$ 300 mil, R$ 100 mil", explicou o delegado.
As investigações ainda estão em andamento e os investigadores se valem do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil para saberem a destinação dos valores e se os parentes dela também participaram do esquemafraudulento.
"Se for comprovado pela lavagem de dinheiro, os familiares podem ser responsabilizados, sim. Inclusive, eles são investigados por terem recebido esses valores", finalizou.
(Escrito por Rafael Lédo, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de Oliberal.com)
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