Chacina com 9 mortos na Bahia: vizinhas foram mortas por salvar adolescente; ciúme motivou crime
Crime ocorreu na segunda-feira (28), em Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador
As duas mulheres executadas a tiros durante a chacina com nove mortos na Bahia foram assassinadas porque ajudaram o adolescente de 12 anos que sobreviveu ao crime. Sara Miranda Magalhães e Clícia Costa Magalhães estavam na casa vizinha ao imóvel incendiado com sete pessoas dentro e agiram para tirar o menino das chamas. Após a ação, as mulheres – tratadas como “heroínas” pelo Departamento de Polícia Metropolitana (Depom) – foram assassinadas. O adolescente se escondeu na casa em que elas estavam e conseguiu escapar, mas teve 50% do corpo queimado e está internado em estado grave.
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O crime ocorreu na segunda-feira (28), em Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador. Sara, de 56 anos, chegou a concorrer ao cargo de vereadora pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) no ano de 2016, mas não foi eleita. Já Clícia, de 35 anos, teria sido classificada em 5º lugar em um concurso da Prefeitura de Mata de São João para agente de serviços na área de zoonose. O resultado da seleção foi divulgado no Diário Oficial seis dias antes do crime. Porém, a gestão municipal ainda não conseguiu confirmar se a classificada é a vítima da chacina, pois há a possibilidade de homônimos.
Moradores da Colônia JK, onde ocorreu o crime, afirmam que Clícia e Sara seriam mãe e filha, mas a informação também ainda não foi confirmada pela Polícia Civil.
Crime
Nove pessoas estavam na casa incendiada pelos criminosos. Sete delas morreram e tiveram os corpos carbonizados. Apenas um adolescente de 12 anos, socorrido por Clícia e Sara, e um bebê, que foi poupado pelos suspeitos e socorrido pelo pai, sobreviveram ao crime. Em seguida, mulheres que estavam na casa ao lado também foram assassinadas, totalizando nove vítimas.
O suposto alvo da ação seria um homem conhecido como Preá, que ainda não teve a morte confirmada. De acordo com a Polícia Civil da Bahia, a chacina foi motivada por ciúmes e tinha inicialmente apenas Preá como alvo. Ele seria o ex-namorado da atual namorada do mandante do crime - uma mulher não teve o nome divulgado. Essa mulher não estava na casa quando a chacina aconteceu, mas as pessoas mortas seriam os familiares dela.
Dos quatro suspeitos de cometer o crime, dois morreram em confronto com a polícia - inclusive o mandante do crime - e um foi preso. Uma pessoa está foragida.
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