MENU

BUSCA

Caso Marielle: STF torna irmãos Brazão réus pelo assassinato da vereadora e do motorista Anderson

Corte conclui ter indícios suficientes para instaurar as ações penais

Iury Costa

A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na tarde desta terça-feira (18/06) tornar réus cinco suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Entre os réus estão os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão.

Com a decisão, os cinco suspeitos se tornam réus e responderão a ações penais. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República no início de maio.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que não se trata de julgar se os réus são culpados ou não, mas sim de acatar a denúncia. Moraes foi o primeiro a votar, acompanhado pelos outros quatro ministros do colegiado: Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

VEJA MAIS

Alexandre de Moraes determina monitoramento constante de Lessa na prisão
Ex-policial será transferido de Campo Grande para presídio paulista

Caso Marielle: à PF, ex-chefe da Polícia do Rio nega vínculo com irmãos Brazão
O delegado alegou que a Polícia Civil do Rio de Janeiro investigou o assassinato de Marielle Franco e destacou que, em 2019, um novo inquérito foi aberto para dar sequência às apurações sobre a autoria e motivação do crime.

Delegado investigado por morte de Marielle Franco pede ao STF volta de salário de R$ 25 mil; entenda
Desde o mês passado, Lages só pode retirar um salário mínimo por mês de sua conta bancária.

Quem são os acusados?

  • Chiquinho Brazão é deputado federal pelo Rio de Janeiro e foi preso pela PF em 24 de março. Eleito pelo União Brasil, foi expulso do partido logo após ser preso sob acusação de encomendar o crime. É acusado pelos crimes de homicídio qualificado, com penas de 12 a 30 anos de prisão, e integração a organização criminosa, de 3 a 8 anos.
  • Domingos Brazão foi conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e também está detido. Responde pelos mesmos crimes atribuídos ao irmão.
  • Rivaldo Barbosa chefiava a Polícia Civil do Rio quando as investigações sobre o caso Marielle começaram. A apuração apontou que ele utilizou o cargo para dificultar a elucidação do crime e garantir a impunidade dos irmãos Brazão.
  • Ronald Paulo de Alves Paula é major da Polícia Militar e apontado na denúncia da PGR como o responsável por acompanhar os deslocamentos de Marielle, inclusive por identificar que ela participaria de um evento na noite da execução.
  • Robson Calixto Fonseca, conhecido com Peixe, foi assessor de Domingos Brazão no TCE do Rio. É acusado de ter fornecido a arma usada no assassinato.

Segundo as investigações, o assassinato de Marielle Franco começou a ser planejado pelos irmãos Brazão em 2017. Os detalhes foram revelados na delação do autor do crime, o ex-policial Ronnie Lessa.

*(Iury Costa, estagiário sob a supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política e Economia)

Brasil