Caso Joaquim: padrasto é condenado a 40 anos e mãe comemora absolvição nas redes sociais
Guilherme Raymo Longo foi condenado por homicídio qualificado pela morte de Joaquim Ponte Marques, de apenas 3 anos
Guilherme Raymo Longo foi condenado a 40 anos de prisão pelo Tribunal do Júri, neste sábado (21), pelo assassinado do enteado dele, Joaquim Ponte Marques, de apenas 3 anos. A mãe do menino, a psicóloga Natália Mingoni Ponte, foi absolvida.
O julgamento começou no último domingo (14), e contou com o depoimento de 31 testemunhas, incluindo o interrogatório dos réus. Em seguida, os sete jurados se reuniram na sala secreta para a votação dos quesitos.
Natália, que era julgada por omissão, foi inocentada. O Ministério Público dizia que a mãe tinha a obrigação de garantir a integridade física e psíquica do filho e o não o fez. Essa tese era refutada pela defesa. A ré chegou a ser presa, mas respondia o crime em liberdade. Já Longo foi condenado por homicídio qualificado, em regime inicial fechado. Cabe recurso.
Nas redes sociais, Natália comemorou a decisão postando a palavra “absolvida”. Ela havia sido acusada por omissão na morte do filho.
O crime
O caso ocorreu em 2013, no interior de São Paulo. O corpo da criança foi encontrado em um rio, em Barretos, cinco dias depois dela ter desaparecido, em Ribeirão Preto, onde morava com a família.
Joaquim era diabético e teria morrido dentro de casa após a aplicação excessiva de uma dose de insulina, que é uma substância utilizada para tratar a doença. Guilherme não admite, mas a denúncia feita pelo Ministério Público diz que ele teria aplicado 160 doses de insulina no garoto.
Após a aplicação, Longo teria jogado o corpo do enteado em um córrego localizado perto da casa da família, conforme relatado pelo MP. Três anos depois, em 2016, o padrasto confessou ter matado o garoto. Ele chegou a dizer durante uma entrevista para uma rede de televisão que “não raciocinou direito” e acabou “fazendo besteira”.
Longo alegou que Joaquim foi morto por estrangulamento e jogou o corpo num córrego. O motivo do crime, segundo ele, era que o relacionamento melhorasse com a mãe do menino. O casal se conheceu em uma clínica de reabilitação. Natália trabalhava no local onde Guilherme estava internado para tratamento.
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