Caso Henry: defesa alega machismo contra Monique no processo; MP nega

Muitas perguntas foram no sentido de expor como era a relação de Monique com dinheiro antes mesmo de conhecer Jairinho, o que para a defesa, não é relevante ao caso

O Liberal
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A defesa de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, vê machismo na tese do Ministério Público do Rio de Janeiro de que ela via "vantagem financeira" no namoro com Dr. Jairinho e que, por esse motivo, supostamente acobertou as agressões contra o filho. As informações são do portal UOL.

O advogado Thiago Minagé sustenta que trazer à tona o comportamento financeiro de Monique não tem relevância para o caso e diz "não ter dúvidas" que esse tipo de condução é machista. As perguntas da promotoria tentaram mostrar que ela era uma mulher "empoderada" para afastar a ideia de relação abusiva.

"Não existe isso. Por ela ser uma mulher com curso superior e independente, não pode viver um relacionamento abusivo? Todas as mulheres estão sujeitas a isso", diz Minagé. Durante o depoimento de Leniel Borel, pai do menino, que participa na condição de assistente da acusação, o promotor remontou a vida financeira do casal. Leniel afirmou que ele era o "provedor" da casa e que o salário de Monique, à época em torno de R$ 4.000, era destinado a ela "fazer cabelos e unhas". Minagé também vê machismo na colocação, afirmando que sua cliente trabalhava para se sustentar.

Para o advogado, o objetivo é pintá-la como uma interesseira e atacá-la como pessoa. “É só observar a reação da população, que já ataca a Monique mas poupa o Jairinho", diz o defensor de Monique. Presos desde abril, Dr. Jairinho e Monique respondem criminalmente por homicídio triplamente qualificado. O casal rompeu em meio às investigações adotando cada um uma equipe de defesa.

Ao UOL, o promotor Fábio Vieira, responsável pelo caso, rechaça a avaliação da defesa de Monique. "Poderia ser um homem. A questão não é machismo ou feminismo, é comportamental. É para mostrar que ela tinha o comportamento de ver mais o lado dela e deixava o filho à margem de cuidados básicos por conta de status", defendeu Vieira.

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