Pelé morreu: O que é câncer de cólon, doença que causou a morte do Rei do Futebol

Rei do futebol morreu aos 82 anos em decorrência de tumores no intestino

Emilly Melo
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O câncer de cólon, doença que o ex-jogador de futebol Pelé tinha, é um dos três tumores malignos mais frequentes no país. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de cólon e reto responde por cerca de 10% de todos os casos da doença no Brasil. A estimativa é que, neste ano, mais de 40 mil pessoas tenham sido diagnosticadas com a doença. Com informações do G1. 

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O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus, e também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.

A doença é tratável e, na maior parte dos casos, curável se detectada em estágio inicial, antes de se alastrar para outros órgãos. 

Causas

Até o momento, o Inca não sabe informar qual a causa direta para o surgimento da doença. No entanto, a incidência é maior em quem tem excesso de gordura corporal; consome acima da quantidade recomendada carnes vermelhas (vaca, porco ou cordeiro) e carnes processadas (bacon, presunto, mortadela, salame, peito de peru, salsicha, linguiça); tem alimentação pobre em fibras; e é fumante ou consome bebida alcoólica.

O fator genético também pode influenciar. Pessoas com histórico pessoal ou familiar de presença de pólipos (lesões benignas) e doenças inflamatórias intestinais também aumentam as chances do aparecimento desse tipo de tumor.

Segundo a oncologista Renata D'Alpino, líder da especialidade de tumores gastrointestinais e neuroendócrinos do Grupo Oncoclínicas, esses pólipos que crescem na parede interna do órgão podem se tornar malignos quando não são identificados.

“Após os 50 anos de idade, a chance de apresentar pólipos aumenta, ficando entre 18% e 36%, o que representa um aumento no risco de tumores malignos decorrentes da condição a partir dessa fase da vida”, explica a médica.

Segundo ela, no entanto, os diagnósticos vêm crescendo também entre os mais jovens.

Sintomas

  • Presença de sangue nas fezes;
  • Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados) 
  • Dores ou desconfortos abdominais 
  • Outros sinais de alerta são fraqueza, anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes (que passam a ser mais finas e compridas) e a formação de massas abdominais.

Diagnóstico

A principal forma de diagnóstico da doença é pela colonoscopia. O exame é feito a partir da inserção no intestino de um aparelho chamado colonoscópio, que conta com uma câmera na ponta. A máquina faz imagens que revelam se houver possíveis alterações. Há também exames de rastreamento, como o de sangue oculto de fezes, que podem ser feitos em pessoas de 50 a 75 anos. 

“Apesar do sangue nas fezes ser um indício inicial de que algo não vai bem na saúde, muitas pessoas costumam creditar essa ocorrência a outras causas convencionais, como hemorroidas, e acabam postergando a busca por aconselhamento médico e a realização de exames específicos. Isso faz com que muitas pessoas só descubram o câncer em estágios avançados”, diz a médica.

Prevenção

Para prevenir a doença, é recomendado praticar atividade física, evitar bebidas alcoólicas e cigarro e fazer uma dieta baseada principalmente em alimentos de origem vegetal (com frutas, verduras, legumes e grãos). É a chamada prevenção primária. Já a prevenção secundária se baseia sobretudo em exames de rastreamento de rotina.

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)

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