Brechó de peças de luxo é acusado de aplicar golpe de R$ 5 mi em clientes
As vítimas seriam clientes que cederam itens de luxo para que fossem vendidos no brechó e, no entanto, nunca receberam o dinheiro da venda
A dona de um brechó de acessórios de luxo, identificada como Francine Prado, está sendo investigada por aplicar golpes em diversas pessoas através de sua loja online, chamada Desapego Legal. As vítimas seriam clientes que cederam itens de luxo para que fossem vendidos no brechó e, no entanto, nunca receberam o dinheiro da venda. O caso foi revelado no último domingo (26/01), no programa Fantástico, da TV Globo. Segundo o reportado, o esquema atingiu mais de 200 pessoas. Ao todo, o prejuízo estaria em torno de R$ 5 milhões.
Ainda de acordo com a reportagem, a empresa possui quase 100 processos judiciais, além de diversos boletins de ocorrência contra Francine e o sócio, que é o seu marido. Também há diversas denúncias sobre o brechó no site de reclamações Reclame Aqui. Apesar disso, o perfil do brechó continua ativo nas redes sociais. Após a exibição da reportagem, ele passou a restringir quem poderia deixar um comentário nas publicações.
VEJA MAIS
Uma das vítimas do golpe, Lázaro Felipe, contou que construiu uma clientela de quem pegava peças de luxo e enviava para Francine vender, em troca de uma comissão. O negócio ia bem até 2023. No ano seguinte, no entanto, Francine deixou de realizar os pagamentos.
Lázaro, então, precisou pegar um empréstimo de R$ 50 mil com agiotas para pagar os clientes com quem havia feito acordos, além de ter vendido o carro que tinha. Ele contou ainda ter feito várias cobranças à Francine, que sempre dava desculpas. "Eu já estava muito conhecido em Salvador, começando a fase de conquistar os meus sonhos. Mas tudo virou pesadelo", contou ao Fantástico.
Em nota, o Ministério Público de São Paulo disse que o estabelecimento está sendo investigado para esclarecer as denúncias. Ainda de acordo com o comunicado, a sede física que a empresa mantinha ficava localizada em São José dos Campos, em São Paulo, mas atualmente está fechada.
Ao programa da TV Globo, o marido de Francine comunicou que a empresa passa por dificuldades financeiras, mas que nunca teve intenção de fraudar ou prejudicar qualquer pessoa. Ele também informou que fechou um acordo com cerca de 400 fornecedores.
(*Beatriz Rodrigues, estagiária sob supervisão de Mirelly Pires, editora de OLiberal.com)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA