Brasileiras que tiveram as malas trocadas retornam ao Brasil após prisão na Alemanha

O casal ficou preso por mais de um mês com suspeita de tráfico de drogas

Carolina Mota
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As brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía desembarcaram às 4h25 desta sexta-feira (14), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Garulhos, após saírem da Alemanha sete horas antes. Elas permaneceram isoladas na delegacia da Polícia Federal até embarcarem em um outro voo, que as deixou em Goiânia às 9h. Ambas foram presas acusadas por tráfico de drogas.

A partir de uma investigação da Polícia Federal, foi constatado que as brasileiras tiveram as malas trocadas por criminosos, em Guarulhos, em uma área restrita do aeroporto. Com base na análise, o Primeiro Comando da Capital (PCC) para R$30 mil por bagagem trocada.

Com a troca, as bagagens com a identificação de Jeanne e Kátyna estavam recheadas de cocaína.

Isolamento

As brasileiras foram presas no dia 5 de março, onde as duas ficaram sem ter contato uma com a outra por pelo menos dois dias. Após o flagrante, ambas foram transferidas para um mesmo pavilhão, mas em celas separadas. As vítimas relataram que a rotina se baseava em comer, orar e tentar conversar com outras presas.

Amdas também afirmaram terem sofrido preconceito por parte da Polícia Alemã, que as consideravam "mulas" (pessoas que transportam drogas).

A advogada Luna Provázio relatou que as brasileiras passaram por frio pois a penitenciária não fornece roupas adequadas, além de terem tido seus pertences pessoais apreendidos.

A defensora também afirmou que o Consulado do Brasil em Frankfurt prestou assistência às goianas, bem como familiarea que chegaram ao país. "Obrigada pela atenção ao caso. Já chegamos em Goiania", disse a advogada.

Familiares das vítimas embarcaram para Frankfurt na segunda (10), com o intuito de dar suporte e acolhimento às brasileiras. A irmã de Kátyna, Lorena Baía, a mãe de Jeanne e a advogada Luna Provázio seguiram para a Europa com bagagens de mão. A viagem teve o apoio da Polícia Federal e da embaixada brasileira na Alemanha.

“As meninas estão nas casas delas, já conseguiram matar as saudades dos familiares mais próximos, ver os cachorros. A ficha delas está caindo aos poucos [sobre o caso e sua repercussão]”, afirmou a advogada.

Ela disse ainda que as goianas estão se adaptanto porque nunca haviam sido procuradas pela imprensa, ou inquiridas a falarem sobre suas vidas de forma pública.

“Enfim, são muitas emoções, e elas estão se recuperando de todo o trauma. Em breve vão gravar um vídeo agradecendo a imprensa e as autoridades envolvidas na solução do caso.”

Carolina Mota, estagiária sob supervisão do editor web em OLIberal.com, Felipe Saraiva)

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