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Brasil teve um crime de estupro a cada seis minutos em 2023, aponta Anuário Brasileiro de Segurança

Com 83.988 denúncias desse tipo de crime no ano passado, os dados apontam que o país registrou um novo recorde

O Liberal
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Com 83.988 denúncias em 2023, os números de estupros e de estupros de vulneráveis registraram um novo recorde no Brasil. A taxa, que equivale a 1 estupro a cada 6 minutos no país, de acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A quantidade de casos cresceu 6,5% em relação ao ano anterior, quando houve 78.887 registros. 

Em relação ao início da série histórica, em 2011, o aumento foi de 91,5%. Naquele ano, houve cerca de 43.869 mil ocorrências do tipo ao nível nacional. Dos casos de 2023, em torno de 76% correspondem ao crime de estupro de vulnerável. Esta tipificação se dá quando há conjunção carnal ou ato libidinoso com vítimas menores de 14 anos ou incapazes de consentir por qualquer motivo, como deficiência ou enfermidade.

Os Estados com as maiores taxas por 100 mil habitantes foram: Roraima, com 112,5; Rondônia, com 107,8; Acre, com 106,9; Mato Grosso do Sul, com 94,4; e Amapá, com 91,7. Já o perfil das vítimas segue a mesma tendência dos anos anteriores: são meninas (88,2%), negras (52,2%), de no máximo 13 anos (61,6%). 

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Ainda de acordo com o balanço do Anuário, também não houve variações na autoria e no local do crime: 84,7% dos agressores são familiares ou conhecidos, que cometem a violação nas próprias residências das vítimas (61,7%). As vítimas de até 17 anos compõem 77,6% de todos os registros. 

Casos envolvendo crianças e adolescentes 

Os dados mostram também que há prevalência de estupros de crianças e adolescentes na faixa de 10 a 13 anos, com 233,9 casos para cada 100 mil habitantes nesse grupo etário, uma taxa quase 6 vezes superior à média nacional, de 41,4 por 100 mil. No caso de bebês e crianças de 0 a 4 anos, a taxa de vitimização por estupro chegou a 68,7 casos por 100 mil habitantes, 1,6 vez superior à média no país. 

A maioria das vítimas é do sexo feminino, com taxa de 67,6 por 100 mil mulheres, 6 vezes superior à média entre homens. Entre os meninos, a maior incidência de estupros ocorre entre os 4 e os 6 anos.

 

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