Baú da Felicidade: como Silvio Santos revolucionou o mercado com carnês?
O negócio foi uma das principais alavancas para o império do empresário e comunicador
Símbolo de prosperidade, com a trajetória marcada pela passagem de camelô a bilionário, Silvio Santos faleceu neste sábado, 17, deixando uma fortuna estimada em R$ 1,6 bilhão, conforme a revista Forbes. O império foi alavancado por uma atividade que revolucionou o mercado: os carnês, meio pelo qual funcionava um dos empreendimentos fundamentais do comunicador e empresário: o Baú da Felicidade.
Em 1965 foi fundado o Grupo Silvio Santos, que atuou em diversos segmentos da economia. O grande destaque dos seus empreendimentos - e principal impulsionador da sua fortuna - começou, na verdade, em 1958, com um negócio quase falido - O Baú da Felicidade.
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O Baú da Felicidade era um empreendimento baseado no pagamento de parcelas, por meio de um carnê, ao fim do qual o cliente adquire um produto - algo similar ao contrário de uma compra no cartão de crédito, nos dias de hoje, na qual o produto é adquirido de imediato e as parcelas são pagas depois.
O Baú da Felicidade já existia antes de ser administrado por Silvio Santos, tendo sido criado em 1958 pelo empresário e locutor Manuel da Nóbrega. O Baú da Felicidade estava à beira da falência quando Silvio Santos o adquiriu e transformou em um dos mais lucrativos negócios de sua carreira.
Com seu talento de comunicador, Silvio Santos não apenas vendia os produtos à prestação 'pré-paga', mas vendia a magia de um baú repleto de presentes ao final de um carnê. Ele também era perito em dar visibilidade ao negócio, fazendo a venda dos carnês em shows em praça pública com roteiros semelhantes aos dos seus programas: com música, humor e comerciais.
Na década de 60, começando na televisão, Silvio Santos continuou aproveitando a mídia para impulsionar a venda de carnês. Logo, o Baú da Felicidade se tornou um dos seus empreendimentos mais icônicos.
Em 2011, a Magazine Luiza comprou 121 lojas do Baú da Felicidade em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, numa operação de 83 milhões de reais.
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