Atirador almoçou e foi para casa de praia com os pais após atacar escolas no Espírito Santo
Polícia detalhou o comportamento do jovem que matou 4 pessoas. Ao chegar em casa, ele guardou as armas e almoçou: “Os pais chegam e ele reage naturalmente”, diz o delegado
A Polícia Civil do Espírito Santo detalhou, na manhã desta segunda-feira (28), como o adolescente de 16 anos que promoveu ataques a duas escolas de Aracruz se comportou após o crime que resultou na morte de quatro pessoas. De acordo com o superintendente de Polícia Regional Norte, delegado João Francisco Filho, após a ação, o atirador foi até um local ermo, tirou o material que cobria as placas, voltou para a casa, pegou todos os objetos, inclusive as armas, e guardou para que os pais não desconfiassem. Ele ainda almoçou e seguiu para a casa de praia com os pais. As informações são do G1 Espírito Santo.
"Ele volta pra casa em Coqueiral, pega todos os objetos que usou na ação e guarda para que os pais não desconfiassem que ele tinha usado. Coloca tudo onde estava e fica no interior da casa como se nada tivesse acontecido. Os pais chegam e ele reage naturalmente", declarou o delegado, durante entrevista coletiva.
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O ataque começou por volta de 9h30 e o adolescente foi apreendido por volta de 14h10. Além dos quatro mortos, a ação crimonosa deixou mais de 10 pessoas feridas.
Ainda segundo o delegado João Francisco, quando os policiais chegaram à casa de praia onde o adolescente estava, ele chegou a negar crime, mas depois acabou confessando. De volta à casa da família, o jovem mostrou aos agentes onde havia deixado as armas e roupas usadas na ação.
A Polícia Militar instaurou um processo administrativo para apurar como o adolescente teve acesso às armas e às balas usadas no ataque as escolas – elas pertenciam ao pai do rapaz, que é da PM. Uma das armas era da corporação e a outra de registro pessoal.
Apesar do atirador ter afirmado que agiu sozinho no crime, a polícia ainda investiga o envolvimento de outras pessoas. "Ele disse que agiu sozinho, mas isso não é suficiente para a polícia. A polícia vai de fato fazer toda a investigação técnica", informou o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), neste domingo (27).
Entre os pontos investigados estão o acesso e habilidade com armas, saber dirigir e ter acesso ao carro. A polícia apura ainda o possível envolvimento do atirador com grupos extremistas, já que no dia do crime ele usava vestimentas com um símbolo nazista.
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