Astrônomo dá possível explicação para luzes 'não identificadas' no céu; entenda
Entre as várias possibilidades levantadas, uma delas é que as luzes sejam reflexos do Sol em painéis de satélites
Avistadas há cinco noites consecutivas no céu de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, algumas luzes não identificadas intrigaram pilotos que sobrevoaram a região e relataram o fenômeno à torre de controle do aeroporto Salgado Filho. Na quarta-feira (09), o astrônomo e diretor-técnico da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros, Marcelo Zurita, deu uma possível explicação sobre o acontecimento.
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Segundo informações do G1, uma das possibilidades levantadas é que as luzes sejam reflexos do Sol em painéis de satélites, algo chamado pelos estudiosos da área como "flyers de satélite". "A hipótese que a gente está trabalhando e que me parece mais coerente é o que a gente chama de 'flyers de satélite', reflexos da luz do Sol nos painéis de satélites que passam a milhares de quilômetros de distância. Eles acabam refletindo a luz do Sol diretamente na direção do observador e acaba gerando essa condição rara da gente observar esse fenômeno", disse ele.
Apesar da suposição do astrônomo, o piloto e diretor-jurídico do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Diogo Barrionuevo, discorda da hipótese levantada, uma vez que os pilotos sabem diferenciar satélites e objetos não identificados nos radares. "Satélites, é bem comum a gente observar as luzes passando no céu, ainda mais agora com essa constelação de satélites que foi enviada para o céu. É bem comum", explicou ele. Relembre o reporte:
Outros registros
No mesmo horário que o fenômeno foi visto por pilotos em Porto Alegre, as luzes também foram identificadas em Torres, no Litoral Norte. Os relatos e vídeos estão sendo analisados pelo Observatório Astronômico Cosmos, em Itaara, na Região Central do estado.
Em comunicado à imprensa, a Força Aérea Brasileira (FAB) afirmou que não houve nenhum registro fora da normalidade. "Nos últimos dias, o controle do espaço aéreo ocorreu dentro da normalidade, e que não houve registro de ocorrência aeronáutica no Rio Grande do Sul. A Aeronáutica diz ainda que nenhum objeto desconhecido foi identificado pelos radares de defesa aérea".
(Estagiária Paula Figueiredo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web)
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