Às vésperas da viagem de Bolsonaro à Rússia, Brasil celebra relações diplomáticas com a Ucrânia
Presidente embarca na próxima segunda-feira para Moscou, onde vai se encontrar com Vladimir Putin
Na próxima segunda-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro embarca para Moscou, na Rússia, para participar de um encontro bilateral com o presidente Vladimir Putin e empresários locais. Às vésperas da viagem, o Ministério das Relações Exteriores emitiu nota oficial celebrando os 30 anos de relações diplomáticas do Brasil com a Ucrânia. As informações são da Agência Estado.
De acordo com o Itamaraty, desde que o governo brasileiro reconheceu a independência ucraniana, em dezembro de 1991, os dois países mantiveram múltiplos contatos de alto nível entre seus mandatários. “O Brasil celebra a valiosa contribuição da comunidade de ucranianos e seus descendentes em nosso País - estimada em quinhentas mil pessoas - para o desenvolvimento nacional, há mais de cento e trinta anos. Nomes célebres, como a escritora Clarice Lispector, nascida na Ucrânia, marcaram a formação cultural do povo brasileiro”, diz a nota oficial.
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Nas últimas semanas, aumentou a crise nas relações entre Rússia e Ucrânia e os dois países vivem uma escalada de tensões após Moscou direcionar tropas para a fronteira com o país vizinho. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), por sua vez, chegou a enviar navios e jatos para o leste europeu. Os Estados Unidos têm deixado militares de prontidão e orientou os cidadãos americanos que vivem na Ucrânia a sair do País imediatamente. Exercício militares na fronteiram aumentam o temor de uma guerra. O Governo de Putin quer frear a influência da Otan, liderada pelos Estados Unidos, sobre a região.
Apesar desse cenário e da pressão da ala política do governo e de diplomatas americanos, o embarque do presidente Bolsonaro à Rússia até o momento está mantido. A viagem chegou a ser interpretada como um endosso à Rússia em detrimento da Ucrânia e do Ocidente.
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