Anvisa suspende uso emergencial de medicamento contra a covid-19
Agência explica que uso do medicamento Evusheld teve queda de eficácia contra variantes
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu temporariamente a autorização de uso emergencial do medicamento Evusheld (Tixagevimabe + Cilgavimabe), que é indicado para prevenção, pré-exposição e tratamento de casos leves a moderados da covid-19 e também de pacientes com alto risco de progressão e agravamento da doença. A decisão foi tomada após a empresa apresentar dados que indicavam queda significativa na atividade do medicamento contra as variantes de preocupação do novo coronavírus em circulação no país.
De acordo com a agência, a variante Ômicron e suas subvariantes predominam no Brasil, apresentando recentemente prevalência de 77% para a BQ.1 e de 15% para a BA.5.
“A Anvisa vem acompanhando a eficácia dos medicamentos aprovados contra as novas variantes do SARS-CoV-2 e, de acordo com os dados apresentados pela empresa, o medicamento Evusheld demonstrou queda significativa na atividade contra as variantes de preocupação do novo coronavírus em circulação no país”, justificou a agência em nota.
Suspensão é temporária e depende de novos dados
Após avaliar os dados, a diretoria colegiada da Anvisa decidiu, por unanimidade, suspender temporariamente a autorização de uso emergencial do medicamento até que sejam apresentados dados que comprovem sua eficácia contra as variantes do SARS-CoV-2 em circulação no país.
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A Anvisa destacou que, caso existam lotes do medicamento em território brasileiro, a empresa detentora da autorização deve comunicar aos profissionais de saúde dados sobre a ineficácia do produto contra as variantes em circulação do SARS-Cov-2, para que somente façam uso do remédio quando o paciente tiver sido infectado por alguma variante do SARS-CoV-2 suscetível a ele. A decisão da Anvisa destaca a importância de avaliar continuamente a eficácia dos medicamentos aprovados contra as novas variantes do SARS-CoV-2.
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