Advogados de Lula protocolam pedido de soltura
Defesa afirma que não há nenhum motivo para ser retardada a liberdade do ex-presidente
A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva protocolou na manhã desta sexta-feira, 8, o pedido de liberdade do ex-presidente da República na Justiça Federal em Curitiba. Os defensores alegaram que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou inválida a execução provisória da pena em segunda instância, é de conhecimento público e pede que seja expedido alvará de soltura para o petista. Lula está preso desde 7 de abril de 2018 na sede da Polícia Federal do Paraná, berço da Operação Lava Jato.
O advogado Cristiano Zanin esteve com o petista na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba, na manhã desta sexta-feira (8).
"Em razão de condenação não transitada em julgado e (ii) seu encarceramento não está fundamentado em nenhuma das hipóteses previstas no art. 312 do Código de Processo Penal, torna-se imperioso dar-se imediato cumprimento à decisão emanada da Suprema Corte", diz um trecho da petição.
O advogado disse, em entrevista coletiva, que não há nenhum motivo para ser retardada a soltura do ex-presidente.
“A decisão da Suprema Corte confirma aquilo que sempre dissemos, que não havia a possibilidade (constitucional) de cumprimento antecipado da pena”, disse Cristiano Zanin.
Perguntado sobre como o petista reagiu à decisão do STF, o advogado disse que Lula estava sereno e com esperança “de que possa haver justiça”.
Ainda na entrevista, Cristiano Zanin destacou que a “batalha jurídica” continua, “porque o nosso objetivo é a nulidade de todo o processo que levou à condenação de Lula, porque é um processo marcado por grosseiras violações das garantias fundamentais, repleto de ilegalidades”.
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