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Vítimas de escalpelamento recebem cestas com hortifrútis doadas pela Ceasa

Os alimentos foram entregues às mulheres que fazem parte da Orvam, em uma programação na última terça-feira (29)

O Liberal
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Um grupo de mulheres que faz parte da Organização Não Governamental dos Ribeirinhos Vítimas de Acidentes de Motor (Orvam) recebeu, na última terça-feira (29), cestas com hortifrútis orgânicos doadas pelos permissionários da Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa). A ação fez parte da programação alusiva ao Dia Nacional de Combate e Prevenção ao Escalpelamento, celebrado na segunda-feira (28). A iniciativa integra o projeto “Banco de Alimentos” do Governo do Estado por meio de parceria com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp). 

Sandy Teles, 34 anos, moradora de Curralinho, sofreu o acidente no motor de uma embarcação quando ainda era uma menina de nove anos. Uma das beneficiadas da ação, ela disse sentir gratidão. “É muito triste pra gente ver o preconceito estampado no semblante de algumas pessoas. Isso dói bastante. Mas quando alguém lembra de nós com olhar de carinho, é muito importante e confortador. Esse apoio que vocês estão nos trazendo é sempre bem-vindo”, conta Sandy, emocionada.

A assistente social Alessandra Almeida, que faz parte da Orvam, relata que a entidade presta atendimento a 167 mulheres cadastradas, na faixa etária de 7 a 75 anos. “Desenvolvemos um trabalho social, dando encaminhamentos às redes de serviço, cursos através de parcerias, apoio psicológico e fazemos tudo o que estiver ao nosso alcance para minimizar o sofrimento causado por esse tipo de acidente trágico”, explica ela.

“Esse apoio da Ceasa chega para somar como mais uma forma de ajuda a elas, que ainda enfrentam tanta intolerância para serem absorvidas pelo mercado trabalho. Reinseri-las na sociedade é nosso grande desafio”, detalhou a assistente social.

O presidente da Ceasa, Raimundo Santos Júnior, lembrou a importância social do projeto desenvolvido, que já beneficiou centenas de famílias ao longo de seis meses de atendimento na Grande Belém. “O Banco de Alimentos atua na sustentabilidade, evitando o desperdício de toneladas de frutas, verduras e hortaliças que iam, literalmente, para o lixo, poluir o meio ambiente, quando podem mitigar a fome de quem precisa", frisa. 

"Ao mesmo tempo em que possui o olhar social, da cidadania, doando esses produtos em condições de suprir a necessidade alimentar de tantas pessoas em situação de vulnerabilidade social, que, na maioria das vezes, não conseguem levar pra casa os nutrientes que essas cestas distribuídas contém”, completou o gestor.

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