Velocidade de embarcações em rios e igarapés do Combu gera problemas para população ribeirinha

Vídeo de agência de turismo comunitário da ilha viralizou na internet ao mostrar a água do rio invadindo a casa dos moradores

Vito Gemaque
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O desrespeito aos limites de velocidade das embarcações nos rios e igarapés da ilha do Combu tem gerado problemas para os moradores ribeirinhos do local. Recentemente, um vídeo divulgado por uma agência de viagens de turismo comunitário viralizou nas redes sociais mostrando o problema. O tráfego de embarcações na região, que está com as marés mais cheias do mês de março, gera ondas que invadem a casa dos moradores.

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"É mais do que um apelo, é mão na consciência. [Se] Eu não moro na região, então tenho que ter respeito por quem mora. Está curtindo com a tua galera, ótimo! Diminui a velocidade! Passa devagar, principalmente nos furos e igarapés. Prejudica a vida de quem mora aqui", diz Raquel Ferreira do Carmo, de 41 anos, responsável pelo vídeo, que trabalha há sete anos no local. Raquel elenca que o problema está ocorrendo no Furo da Paciência, do Igarapé do Peritaquara e do Combu.

A população pede que se evitem pequenos furos e igarapés para que não se façam ondas artificiais feitas por lanchas e jet-ski. "A maré já está alta, já está prejudicando a rotina do morador, se tu passa com tua lancha em alta velocidade, olha aqui", diz Raquel apontando para uma casa invadida pela água.

Outro problema é quando a população local adverte os condutores sobre a velocidade. Muitos discutem e desrespeitam a população. "Infelizmente, quando nós abordamos esses condutores e fazemos sinal para que reduzir a velocidade, muitas vezes são agressivos, são irônicos", contou.

"A gente está no período das marés altas e essa situação é agravada nesse período. Não significa que em outros período isso não aconteça", detalha. "Quanto a fiscalização, não existe uma punição. A gente consegue ver a presença da embarcação da Marinha muito esporadicamente, mais especificamente no final de semana, mas não tem nenhum tipo de autuação, nenhum trabalho de regulação, de conscientização a respeito das práticas abusivas que são cometidas na região", complementou.

Segundo ela, os moradores não sabem para quem reclamar. "A gente percebe que os moradores ficam até com medo, porque tem situações de tentarem reclamar, tentarem fazer alguma com os proprietários das embarcações e eles serem extremamente arrogantes, extremamente estúpidos, e o morador acaba silenciando", destacou.

A reportagem do jornal O Liberal aguarda posicionamento da Companhia de Portos da Amazônia Oriental (CPAO) sobre as possíveis irregularidades de velocidade das embarcações e a fiscalização na área.

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