Um Natal paraense: casal mantém magia do Natal e pede festas com saúde na pandemia

Na casa de Gilson e Nazaré, mais de três mil de lâmpadas iluminam os pedidos para 2021: amor e paz

Filipe Bispo - especial para O Liberal
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Com mais de 44 anos juntos, seu Gilson, médico de 76 anos, e sua esposa, Maria de Nazaré, administradora com 65 anos, mantém uma tradição de muitas famílias - a de todos os anos enfeitar a casa com muitas decorações natalinas. Mas Gilson e Nazaré possuem uma história que os une há muito mais tempo, e além do amor do matrimônio. Os dois sempre acreditaram na magia de fim de ano, desde pequenos. E o encontro, na vida adulta, só desabrochou esse amor pelo Natal. Se desde crianças foram criados com pais que incentivaram o despertar na fé cristã, no nascimento de Jesus e no Papai Noel, fizeram disso também a rotina na família. Veja seus relatos: 

“O papai e a mamãe sempre tiveram essa afinidade pela quadra natalina e sempre enfeitavam a casa, aquilo me empolgava, me deixava feliz”, conta  Gilson. “A mamãe enfeitava a casa mesmo sem jogo de luz, e na véspera de natal era preciso colocar o sapatinho na janela ou de baixo da cama, porque no outro dia a gente sabia que o presente estaria lá. Meus pais sempre se esforçaram para todo natal ter uma lembrancinha”, arremata Nazaré.

image Quatro décadas de Natal em família: no início, apenas galhos e algodão (Filipe Bispo)

Quando Gilson e Nazaré se conheceram, e decidiram casar, essa força do Natal só aumentou. 

Dona Nazaré conta que desde o primeiro ano de casados, eles faziam seus enfeites bem simples, na antiga casa de Igarapé-Miri. Era galhos e algodão. Assim transmitiram esse sentimento para seus três filhos, Gilvandro, Hanna Zíngara e Gilson Júnior.

E os filhos ainda pequenos ouviram tudo que era possível sobre fé, sobre acreditar no nascimento do menino Jesus, e também sobre o dia do Natal - tudo com os presentes escondidos pela casa, para que se tornasse uma brincadeira para as crianças.

Todos os anos, tudo começa ainda na primeira quinzena de novembro. São dias e dias limpando, arrumando os vários papais noéis colecionados, consertando os fios das luzes pisca-pisca, até se iniciar finalmente a montagem.

E nesse ano de pandemia, a festa começou pelo que eles chamam de “casa do papai noel”. Lá se concentra a maioria dos papais noéis da casa. Depois, a família seguiu para a montagem do presépio, que conta com dezenas de bonecos e bichos para representar o nascimento de Jesus.

Dona Nazaré conta que desde o primeiro ano de casados, eles faziam seus enfeites bem simples, na antiga casa de Igarapé-Miri. Era galhos e algodão. Agora, todos os anos, tudo começa ainda na primeira quinzena de novembro. São dias e dias limpando, arrumando os vários papais noéis colecionados, consertando os fios das luzes pisca-pisca, até se iniciar finalmente a montagem

image Casal começa montagem em novembro: tradição das suas infâncias  (Filipe Bispo)

Mesma emoção em quatro décadas


Dona Nazaré afirma que sempre é emocionante a montagem, mesmo após 44 anos de casamento. E diz que o incentivo aos filhos é valioso. Eles ainda ajudam em tudo. É como faz Gilson Júnior, que é quem coloca o Espírito Santo durante a organização. Já o Gilvandro arruma a parte elétrica, enquanto a Zíngara os ajuda na árvore de natal. 

Para enfeitar toda casa, dona Maria de Nazaré também confecciona ou reutiliza objetos para decoração: são pratos sendo usados com quadros, porta-talher estilizado, panos, copos e utensílios de cozinha que já estão guardados especialmente para o Natal há mais de 10 anos.

 “Vivemos na esperança de dias melhores, sempre vivendo a felicidade de ver o Natal chegar à nossa casa, e receber nossos amigos e parentes. Infelizmente, esse ano não estamos podendo fazer isso devido à pandemia de covid-19. Algum papais noéis ficaram sem pilha e tivemos menos luzes ese ano, pois não podíamos sair muito, por causa do medo de se contaminar”, conta seu Gilson  

A casa toda é organizada com carinho. “Vivemos na esperança de dias melhores, sempre vivendo a felicidade de ver o Natal chegar à nossa casa, e receber nossos amigos e parentes. Infelizmente, esse ano não estamos podendo fazer isso devido à pandemia de covid-19", conta seu Gilson. "Algum papais noéis ficaram sem pilha e tivemos menos luzes ese ano, pois não podíamos sair muito, por causa do medo de se contaminar”.

Esse ano, são mais de 3,2 mil lâmpadas. No ano passado foram mais de 4 mil, além de mais de uma centena de bonecos de Papai Noel a enfeitar a casa para os dias de Natal.  

Como médico, pai de família, e alguém que acredita na magia do natal, o seu Gilson, faz seu pedido para a noite especial do nascimento de Jesus: “Os jovens precisam ficar em casa. Que as pessoas saiam menos nesse período de pandemia, para não trazer doença de casa afetando trabalhadores. E que tudo isso passe logo. Desejo que Deus e ilumine a cabeça de nossos cientistas para que as vacinas sejam logo disponibilizadas, para que todos nós sejamos presenteados com a vacina, e termine essa pandemia que trouxe tristeza e desgraça”.

“Os jovens precisam ficar em casa. Que as pessoas saiam menos nesse período de pandemia, para não trazer doença de casa afetando trabalhadores. E que tudo isso passe logo. É meu pedido de Natal”

image 'Papão Noel': para seu Gilson, atenção à pandemia não apaga magia (Filipe Bispo)
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