MENU

BUSCA

UFPA recebe Fórum da Cultura Oceânica e discute o 'currículo azul' na Amazônia

Belém é a primeira capital do país a participar do Ciclo de Fóruns Regionais sobre a inclusão da Cultura Oceânica nos currículos escolares.

O Liberal

O Fórum da Cultura Oceânica é um espaço estratégico de diálogo sobre a integração da Cultura Oceânica nas políticas públicas educacionais, com foco em promover o Currículo Azul na Região Norte. Este conceito, que conecta o Oceano à Cidadania, formações profissionais e sustentabilidade, é essencial para preparar nossa sociedade frente aos desafios climáticos e ambientais do presente e do futuro.

Com o oceano cobrindo 70% do planeta e desempenhando um papel crucial na segurança alimentar, regulação climática, biodiversidade e economia sustentável, integrar a cultura oceânica na educação é mais do que uma meta: é um passo estratégico para o avanço de agendas globais como a Agenda 2030 e o Acordo de Paris. O Brasil já lidera ações nesta temática, com destaque para a promulgação de leis pioneiras, o engajamento de escolas em iniciativas como a Rede Escola Azul e a mobilização nacional rumo à inclusão da cultura oceânica no currículo escolar.


Com a Cop 30 em Belém e o tema “Cultura Oceânica” na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2025, o Fórum convida as secretarias de educação da Região Norte a se unirem a este movimento transformador e que integra o papel da Amazônia e do Oceano no combate às Mudanças Climáticas. Juntos, podemos impulsionar políticas educacionais que conectem o oceano às salas de aula e fortaleçam o Brasil como líder global na promoção da cultura oceânica.

O Fórum

O evento é promovido pela Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica, coordenada pelo Programa Maré de Ciência, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). O evento tem o apoio nacional da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), Rede Clima, IMPO (Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas), Fundação Grupo Boticário, Pulitzer Center e CNPQ, e, em Belém, da Universidade Federal do Pará (UFPA).

A programação representa o Início de um processo nacional de discussão de como fortalecer e ampliar a inclusão da cultura oceânica nos currículos escolares do Brasil, nos níveis municipal, estadual e federal. Segundo o professor Ronaldo Christofoletti, presidente do Grupo Mundial de Especialistas em Cultura Oceânica da Unesco, a ideia é propor subsídios para a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a partir das contribuições geradas nos encontros, que acontecerão em todas as regiões do país. “O Fórum inicia na região Norte porque aqui está a maior quantidade de Escolas Azuis do país, além disso, a capital paraense vai sediar em 2025, o maior evento sobre emergências climáticas do planeta, a COP-30”, explica Christofoletti.

VEJA MAIS

O que é Amazônia Azul? Conheça a área incorporada ao mapa brasileiro
A zona possui 5,7 quilômetros quadrados de extensão, conforme a Marinha do Brasil

Caroços de açaí e tucumã serão reaproveitados em novo laboratório da UFPA; veja como
Iniciativa desenvolve pesquisas para a produção de hidrogênio verde, bioquerosene e outros combustíveis a partir de biomassa residual como sementes de açaí

Dia de proteção aos mangues: o que são os manguezais e qual a importância de conservá-los?
Nesta sexta-feira, 26 de julho, é comemorado o Dia Mundial de Proteção aos Manguezais. A data é um lembrete da importância da preservação deste que é um dos ecossistemas mais produtivos do mundo

O Fórum é destinado à elaboração de políticas públicas educacionais, mediante o envolvimento de professores, gestores da área da educação e estudantes, reunindo contribuições e opiniões sobre como esse tema da realidade oceânica deve ser incluído nos currículos escolares.

Segundo Christofoletti, a implementação do currículo Azul é uma meta estabelecida pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para todos os países membros iniciarem suas propostas até 2025. Até o momento, em torno de 20 municípios brasileiros e três estados já aderiram a essas políticas públicas (Paraíba, Ceará e Alagoas). É importante destacar que Barcarena é o primeiro município no mundo a ter 100% de suas escolas públicas municipais na rede Escola Azul.


Serão realizadas, também ao longo do ano que vem, oficinas nos municípios e estados do país a fim de gerar relatórios estaduais e regionais e, após essa fase, será definido um relatório Nacional. Essa programação ocorre com objetivo de considerar e dar relevância às especificidades de cada região. O ciclo de cinco fóruns convida secretarias de Estados e municípios a participarem. Aqui na região Norte, estarão representantes do Pará, Amazonas e Roraima, além da prefeitura de Barcarena.

Belém