Caroços de açaí e tucumã serão reaproveitados em novo laboratório da UFPA; veja como
Iniciativa desenvolve pesquisas para a produção de hidrogênio verde, bioquerosene e outros combustíveis a partir de biomassa residual como sementes de açaí
Iniciativa desenvolve pesquisas para a produção de hidrogênio verde, bioquerosene e outros combustíveis a partir de biomassa residual como sementes de açaí
Caroços de açaí e tucumã, frutas típicas da Amazônia, serão reaproveitados para a produção de combustíveis sustentáveis e materiais inovadores no Laboratório de Transformação e Valorização de Resíduos Agroindustriais, da Universidade Federal Do Estado do Pará (UFPA). A iniciativa busca desenvolver tecnologias limpas, como hidrogênio verde, bioquerosene de aviação e nanocatalisadores, visando impulsionar soluções energéticas no Brasil. O laboratório foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (2).
O novo espaço de pesquisa marca um avanço significativo no aproveitamento de resíduos agroindustriais e na busca por alternativas energéticas sustentáveis. Os materiais serão utilizados principalmente como carreadores energéticos para setores estratégicos, incluindo aviação e produção de energia limpa.
O foco do laboratório está em desenvolver tecnologias capazes de processar esses resíduos e convertê-los em produtos de alto valor agregado.
VEJA MAIS
Por enquanto, o laboratório visa produzir dados para pesquisa. “Ainda não temos equipamentos de grande porte para produção em escala industrial”, explica Lucas Bernar. A longo prazo, a intenção é contribuir para setores estratégicos, como transporte aéreo, que busca fontes mais limpas de combustível.
O espaço conta inicialmente com a atuação de nove pessoas: dois doutorandos, três mestrandos e quatro graduandos bolsistas. O projeto, no entanto, mobiliza uma equipe maior, com pesquisadores e técnicos ligados a diversas instituições parceiras.
A inauguração deste laboratório simboliza mais um passo da UFPA na liderança de pesquisas inovadoras em energia sustentável. Além de contribuir para a valorização de resíduos regionais, como caroços de açaí, o projeto alinha-se aos esforços globais de combate às mudanças climáticas e à transição para uma economia de baixo carbono.
O professor Nélio destaca que o trabalho desenvolvido no laboratório transcende a produção de combustíveis: “Trata-se de uma nova abordagem para o aproveitamento de biomassa residual, oferecendo soluções que unem ciência, tecnologia e impacto social”.
O futuro é promissor para o laboratório, que já se posiciona como referência na transformação de resíduos em soluções para um planeta mais sustentável.