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UFPA e BNDES formalizam contrato para obra no Complexo dos Mercedários

A assinatura do contrato foi feita na manhã desta quarta-feira (04); projeto recebeu aprovação do BNDES no valor total de R$ 36,3 milhões

Dilson Pimentel

O reitor da Universidade Federal do Pará, Emmanuel Zagury Tourinho, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, assinaram, na manhã desta quarta-feira (4), contrato destinado à restauração do Complexo dos Mercedários, em Belém. O projeto recebeu aprovação do BNDES no valor total de R$ 36,3 milhões.

Durante o evento também foi assinado o Memorando de Entendimento entre o Instituto Cultural Vale e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), no qual está prevista a destinação de R$ 10 milhões ao Projeto de Restauro e Reabilitação do Polo Mercedários. Do total, R$ 5 milhões serão destinados ainda em 2023; e os R$ 5 milhões restantes, em 2024.

O contrato com a Vale também é um contrato com a UFPA. A Fadesp, que é a Fundação da UFPA, entra apenas como interveniente, para fazer a gestão do recurso. É o mesmo projeto da UFPA que será  apoiado também pela Vale, sendo que o recurso entra pela Fadesp, explicou o reitor.

O ato solene ocorreu no Polo Mercedários da UFPA, no Boulevard Castilhos França, no bairro Campina.
O projeto financiado pelo BNDES abrange, além do Polo Mercedários, a Igreja de Nossa Senhora das Mercês. E foi presidido pelo reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho, com a participação do governador Helder Barbalho, do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; do presidente do Instituto Cultural Vale, Hugo Barreto; do diretor da Fadesp, Roberto Ferraz Barreto; do arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, e do prefeito Edmilson Rodrigues.   

O governador Helder falou sobre o assunto. “A obra vai fazer com o que o Polo Mercedários possa se transformar em um grande centro cultural para agregar ao conjunto de locais históricos da nossa capital, que preservam a memória, que valorizam a história, e que são utilizados para que Belém possa diversificar as suas áreas que fortaleçam e potencializam a arte e a cultura, como instrumento de vocação turística e lazer para a sociedade”, disse.

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“Essas pessoas que estão sendo formadas aqui já estão atuando em projetos importantes para a nossa cidade, como, por exemplo, no restauro do Cemitério da Soledade e em muitas outras intervenções no centro histórico de Belém”, afirmou o reitor Emmanuel Tourinho

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"É um patrimônio belíssimo que vai ficar para a COP 30", diz Mercadante

Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante disse que, com essa obra, será recuperada uma parte da história do Brasil. “É um patrimônio belíssimo que vai ficar para a COP 30 e, seguramente, vai ajudar a gente a impulsionar a restauração e a reconstrução de todo esse centro histórico de Belém, que é maravilhoso e precisa de mais apoio”, disse. “Esse prédio tem toda a relação com a história da Amazônia no Brasil, que o país precisa conhecer e se aprofundar”, afirmou.

O reitor Emmanuel Tourinho também falou sobre o que representa a assinatura do contrato. “Representa a certeza de que nós faremos o restauro completo desse complexo que é importante para toda a população de Belém e do estado do Pará”, disse. “Significa também que nós teremos agora toda a estrutura de que necessitamos para o desenvolvimento dos projetos que a UFPA pensou para este espaço. São projetos acadêmicos, científicos e culturais. Nós, quando viemos, encontramos a edificação em condições muito precárias e agora, com esta recuperação completa, nós poderemos executar tudo o que planejamos”, afirmou.

O Polo Mercedários da UFPA tem uma importância que vai além do que será realizado nesse espaço. “Aqui nós faremos ensino, pesquisa, extensão, faremos atividades culturais. Mas, além disso, nós vamos formar as pessoas que vão atuar em todos os espaços e projetos de restauro de várias edificações históricas de Belém e de outros municípios do estado do Pará”, disse.

Complexo foi cedido à UFPA desde 2018

Além das atividades acadêmicas e científicas já em andamento, o espaço abrigará a nova Galeria de Arte da UFPA (GAU), uma livraria da Editora da UFPA (ed.ufpa), um Museu de Ciências do Patrimônio Cultural, um projeto de ensino da Escola de Música da UFPA (EMUFPA), um cineclube, um novo auditório com capacidade para 175 pessoas e um espaço expositivo para atividades relacionadas à vocação do ambiente. 
A meta é que o complexo restaurado seja integrado às atividades da Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP-30, que será realizada em Belém, em 2025. Como espaço privilegiado no centro da cidade, o Polo Mercedários da UFPA deve tornar-se um equipamento acadêmico e cultural de enorme valor para a população de Belém e visitantes, com significativo impacto para a preservação, a conservação e o restauro do patrimônio cultural amazônico.

A construção do Complexo Mercedários de Belém teve início em 1640 e foi refeita a partir de 1748. A igreja constitui um dos quatro exemplares de fachadas com perfil côncavo existentes no país e é um dos maiores e mais importantes conventos coloniais da região amazônica. 

Após sua desativação como espaço religioso, em 1777, o Complexo foi incorporado ao patrimônio da União. E, desde 2018, está cedido à UFPA para abrigar, em especial, as atividades da Faculdade de Conservação e Restauro.
 
 

 

 

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