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Polo Mercedários UFPA, no centro histórico, atua na conservação do patrimônio cultural de Belém

“Essas pessoas que estão sendo formadas aqui já estão atuando em projetos importantes para a nossa cidade, como, por exemplo, no restauro do Cemitério da Soledade e em muitas outras intervenções no centro histórico de Belém”, afirmou o reitor Emmanuel Tourinho

Dilson Pimentel

O Polo Mercedários UFPA, em Belém, representa uma nova frente de atuação da Universidade Federal do Pará em favor da conservação do patrimônio cultural e da formação de pessoal. É o que afirmou, nesta sexta-feira (16), o reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho, que, pela manhã, visitou esse espaço.


O prédio do antigo Convento dos Mercedários e da antiga Alfândega, e que fica ao lado da igreja das Mercês, no bairro da Campina, foi cedido pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU) para a UFPA no dia 23 de março de 2018, por meio de autorização publicada no Diário Oficial da União. Semanas depois, no dia 9 de abril de 2018, ocorreu a assinatura do contrato de cessão na Reitoria da UFPA. O prédio sofreu um incêndio de grandes proporções em outubro de 1978.

“Nós iniciamos esse projeto em 2018 e hoje já colhemos muitos resultados importantes. Já estamos funcionando aqui com o Curso de Graduação em Conservação e Restauro, com um curso de Mestrado em Ciências do Patrimônio”, disse o reitor.

“Essas pessoas que estão sendo formadas aqui já estão atuando em projetos importantes para a nossa cidade, como, por exemplo, no restauro do Cemitério da Soledade e em muitas outras intervenções no centro histórico de Belém”, afirmou. “Começamos a mudar o cenário de capacitação do nosso pessoal para intervir em favor da conservação do centro histórico, não só na cidade de Belém, mas em todas as cidades do estado do Pará”, disse.

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O valor do projeto é R$ 39 milhões. “O projeto prevê o restauro de toda a edificação, a recuperação das suas linhas originais, a recomposição daquilo que foi deteriorado no incêndio que houve na década de 70. E, depois, com o processo de abandono da edificação e nós então teremos uma recuperação e revalorização deste patrimônio histórico cultural que é tão valioso para o povo do Pará”, afirmou.

O reitor afirmou ainda que a ida da UFPA para o Mercedários não é só a ocupação de um novo espaço na cidade. “É a inauguração de um novo projeto da UFPA, de uma nova frente de trabalho da UFPA, neste caso, especificamente, voltada à valorização do nosso patrimônio cultural. A nossa presença aqui com este projeto contribuirá para requalificar este ambiente e valorizar a cultura e as atividades extensionistas neste ambiente histórico da cidade”, disse.

Conforme previsto no projeto, elaborado e coordenado pelas professoras Thaís Sanjad, Roseane Norat e Flávia Palácios, do Laboratório de Conservação, Restauro e Reabilitação (Lacore) da UFPA, já foram instaladas e estão em funcionamento no espaço as atividades da Faculdade de Conservação e Restauro (Facore) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Patrimônio (PPGPatri), além das atividades de pesquisa do Lacore.

Além das atividades acadêmicas e científicas, o Polo Mercedários UFPA abrigará a nova Galeria de Arte da UFPA, GAU, dirigida pelo Professor Orlando Maneschy, da Faculdade de Artes Visuais. A GAU será a responsável pela Reserva Técnica da Coleção Amazoniana de Arte da UFPA, uma das mais importantes do Norte e uma das três coleções indicadas ao Prêmio Emanuel Araújo 2022 da Associação Brasileira de Críticos de Arte, destinado ao reconhecimento de Coleção/Acervo/Conservação/Documentação Histórica.

O Polo Mercedários UFPA já é utilizado para interação com projetos culturais instalados no centro histórico de Belém, como o Circular e o Projeto Roteiros Geoturísticos.

 

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