Trabalhadores do Ver-o-Peso protestam contra licitação do estacionamento

Protesto coletou mil assinaturas para embasar uma ação popular, nos próximos dias, no Ministério Público Federal.

Victor Furtado
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Trabalhadores do Ver-o-Peso pretendem mover uma ação popular contra a privatização do estacionamento do complexo. Nesta quarta-feira (7), fizeram um protesto de meia hora, interditando a avenida Boulevard Castilhos França. Durante a manifestação, mais de mil assinaturas foram colhidas e vão embasar a ação, que deverá ser levada, nos próximos dias, ao Ministério Público Federal (MPF). Os trabalhadores temem que esse seja um primeiro passo para a privatização completa do complexo.

O estacionamento do complexo do Ver-o-Peso, na praça do Pescador, será entregue à iniciativa privada. A licitação ocorreu no dia 31 de julho. Feirantes afirmam não ter sido consultados sobre isso. A informação de que essa licitação ocorreria só chegou cerca de cinco dias antes. O estacionamento, atualmente, é rotativo e gratuito.

Manoel Rendeiro, o feirante conhecido como "Didi do Ver-o-Peso", afirma que a insatisfação é geral entre os trabalhadores do complexo. Temem que, por conta da reforma emergencial, anunciada pelo prefeito Zenaldo Coutinho, não sobre mais lugar para onde os feirantes possam ser remanejados. Serão sete meses de obras e devem começar neste ano. Mas o principal descontentamento é que a categoria não foi ouvida.

"O prefeito, ao fazer essa licitação para privatizar o estacionamento, que é parte do complexo, sem nos avisar, pegou num fio descascado. Esse foi o primeiro de outros protestos. De uma hora para outra, pode acabar privatizando tudo. Essa licitação do estacionamento pegou uma empresa de Manaus, que não tem nada a ver com nossa história. Agora, para onde vamos quando as reformas começarem? Vamos para o meio da rua?", questionou Didi.

Essas reformas urgentes tentam solucionar, imediatamente, o risco de incêndio pelas instalações elétricas.Há problemas no piso e na drenagem da água. Uma combinação propícia a acidentes. Algumas lonas estão rasgadas. As novas lonas serão de material de qualidade superior ao atual. Todo o trabalho vai custar R$ 6 milhões, em recursos da prefeitura, obtidos numa operação de crédito. Uma comissão de acompanhamento, que terá participação dos trabalhadores, vai inspecionar todo o processo e sugerir ajustes específicos durante as obras.

A Redação Integrada de O Liberal aguarda posicionamento da Prefeitura de Belém sobre o assunto.

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