Semma condena uso da 'praia do Télegrafo' para banho; entenda o motivo
Área na rodovia Arthur Bernardes pertence à Marinha do Brasil
Na manhã desta quinta-feira (21) uma equipe técnica do Departamento de Monitoramento e Fiscalização (DMF), da Secretaria de Meio Ambiente de Belém (Semma), esteve na área conhecida como “praia do Telégrafo”, na comunidade Beira Mar, para realização de vistoria. De acordo com o órgão municipal, o local não deve ser usado para lazer.
“Durante a vistoria, os técnicos constataram que o local se trata de uma área privada, pertencente à Marinha do Brasil, onde não há qualquer liberação para o trânsito de frequentadores ou supostos banhistas”, pontua a Semma por meio de nota.
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A “praia do Telégrafo” ficou conhecida após vídeos publicados na internet pelo diretor de carnaval Claudio Takay. Nas imagens, o carnavalesco mostra a área, dizendo ter praia em Belém. Ele não é morador do bairro, mas foi convidado por alguns moradores para conhecer a suposta praia.
"Foi um dia atípico. Fui convidado para conhecer esse lugar lá de uma comunidade, que fica na região da rodovia Arthur Bernardes. Para me apresentar o surgimento de uma praia que já existe há algum tempo, mas é algo deles. Eles estão limpando, tirando as pedras quando a maré vem trazendo", relatou.
Durante a semana, uma equipe de reportagem do jornal O Liberal visitou a comunidade e conversou com os moradores. Lideranças locais contaram que a “prainha” como é chamada existe há quase três anos, fruto do esforço coletivo para fazer a manutenção do terreno e mantê-lo limpo.
"Nos quintais a gente sempre limpa, pois além dos entulhos, aparecem cobras e nós devolvemos para o outro lado, para a natureza... Há quase três anos cuidamos daqui, mantemos a limpeza desse local, não se tornando uma praia, mas um local de lazer para as crianças. É o quintal das nossas casas", explica Socorro Barbosa, moradora da comunidade.
A secretaria ainda informou que “o espaço é utilizado apenas para atender as necessidades e benefícios em prol da comunidade local. A Semma reforça que a área não deve ser usada para recreação”, diz a nota.
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