Réu passa mal em julgamento, mas júri continua e ele é condenado
Edinaldo José respondia em liberdade há 8 anos pela morte da companheira, Terezinha Almeida da Silva
Na manhã desta quarta-feira (13), no Fórum Criminal de Belém, Edinaldo José Silva do Nascimento, que responde criminalmente desde 2014 pela morte da companheira, Terezinha Almeida da Silva, passou mal no intervalo de seu julgamento e precisou ser levado para o pronto-socorro. Mesmo na sua ausência, o júri popular reconheceu a autoria do crime e o réu terá pena de 22 anos de reclusão.
Edivaldo respondia em liberdade pelo assassinato de Terezinha, morta a tiros, em via pública, no bairro do Benguí, em Belém. O crime aconteceu no dia 28 de maio de 2014. À época, Edivaldo havia sido preso, mas passou mal na cadeia e, por suspeita de Acidente Vascular Cerebral (AVC), e também por ser réu primário, foi colocado em liberdade.
Nesta terça, o Edivaldo estava presente no júri popular, onde negou a autoria do crime e acusou o próprio filho, Diego Silva do Nascimento, de ter cometido o assassinato de Terezinha. Entretanto, durante o júri, testemunhas relataram que a vítima já vivia um relacionamento conturbado com Edivaldo, e que frequentemente apresentava hematomas no corpo, mas nunca registrava boletim de ocorrência, até ter sido agredida e socorrida em um supermercado, dois dias antes de ser assassinada.
O defensor público, Domingos Lopes Pereira, que realizou a defesa do réu, sustentou sua inocência. Entretanto, mesmo após Edivaldo passar mal e ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o júri continuou deliberando e o reconheceu como autor do homicídio qualificado. Edivaldo terá que cumprir 22 anos de prisão em regime inicial fechado, conforme informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).
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