Proteção na infância é tema de conferência na Igreja Batista de Belém
Atividades lúdicas e palestras dão luz à temática em programações, que ocorrem em dois dias
Um passeio realizado neste sábado (21) deu início à uma programação voltada para a proteção na infância, promovida pela Igreja Batista de Belém. Crianças e jovens, acompanhados dos pais ou responsáveis e da própria comunidade, puderam participar de um cortejo por meio de várias modalidades esportivas, como bicicleta, patins, skate, e até mesmo a pé. A intenção do encontro é integrar a comunidade como um todo e tratar da temática. O passeio saiu da Igreja Batista da Lagoinha, localizada na Travessa do Chaco, às 8h.
Já na próxima sexta-feira (27), de 18h às 22h, e sábado (28), de 8h às 22h, no mesmo local, ocorre a “Conferência Infância Protegida – A sociedade e a igreja de mãos dadas na Rede de Proteção à Infância”. A reunião também será transmitida pela internet e a inscrição, mediante a doação de um quilo de alimento não perecível, pode ser feita pelo link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe2kCe6TGnAgwEfa3bZuVjhpdfPjJnO-OrEz0HdmG3DBOyiNA/viewform. A expectativa é que três mil pessoas participem, sendo 300 presenciais e 2.700 on-line.
Entre os palestrantes estão pastores que fazem parte do Plano Nacional de Enfrentamento a Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Juízes e Delegados da Vara da Infância e Promotores de Justiça especializados na causa. As atividades lúdicas e as palestras trazem à luz o debate sobre as redes de proteção a crianças e adolescentes, e discutem formas e informações sobre como identificar e ajudar quem está em situação de vulnerabilidade, além de integrar famílias e comunidade com menores de 18 anos.
A delegada Silvia Andrade, atual coordenadora estadual do Maio Laranja, afirmou que a campanha do mês cinco do ano chama a atenção da sociedade e que a igreja, já há quatro anos na capital paraense, carrega no coração esse trato com a infância. “Temos um projeto internacional chamado Infância Protegida que desenvolve várias ações. A partir desse olhar da igreja à infância, trouxemos para a igreja a coordenação do Maio Laranja, e uma das ações vai ser a Conferência nos dias 27 e 28. Vem outro pastor e magistrados de Minas Gerais e outras autoridades”, destaca.
Silvia lembra que a conferência é aberta ao público e que a ação é uma atividade contínua da igreja de reconhecer e trazer o conhecimento à questão do abuso e exploração. Ela reforça, ainda, que identificar os sinais e as possíveis vítimas é necessário para que se possa auxiliar com a proteção, ensinando os pais a verbalizar de forma lúdica sobre o assunto.
“O que mais protege a criança, é o diálogo. Se ela não souber que tem voz, que vai ser respeitada e protegida, o abusador vai aliciar. E a criança, por não ter discernimento do que é o carinho e o que é o abuso, quando o abusador vier com essas técnicas, ela estará instruída que determinadas áreas do corpo não podem ser tocadas. O Infância Protegida tem material didático muito bom. É uma temática que é trabalhada aqui. Também tem o Claves, um curso para crianças e adultos para identificar a maneira de informar para as crianças”, finaliza a delegada.
Números
De acordo com o Governo Federal, em 2021, foram registradas mais de 100 mil denúncias de violações de Direitos Humanos contra crianças e adolescentes. Dessas, 18.681 foram denúncias de violências sexuais tendo como vítima o público infanto-juvenil. Neste contexto, o Maio Laranja foi criado, e trabalha no território brasileiro, em campanha, a ampliação das discussões sobre o 18 de maio, Dia Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
Os principais sinais de abuso ou violência contra crianças e adolescentes são marcas na pele, tristeza constante, choro sem motivo aparente, distúrbios de sono e alimentação, vômitos persistentes, atraso no desenvolvimento. Ansiedade, comportamento agressivo, baixa autoestima, pesadelos frequentes, medo de determinadas pessoas, objetos e situações, dificuldades de socialização, aumento de casos de doenças e tentativa de suicídio também podem ser outros sinais.
O adulto que notar mudanças no comportamento da criança e desconfiar de algo pode e deve conversar com ela sobre o assunto, mas é importante estabelecer uma relação de confiança e deixá-la à vontade para falar – estatísticas mostram que 92% falam a verdade e só 8% inventam, sendo que três quartos das histórias inventadas são induzidas por adultos.
Conferência Infância Protegida
Local: Igreja Batista da Lagoinha em Belém, localizada na Travessa do Chaco, 449
Data e horário:
- 27 de maio, sexta-feira, das 18h às 22h
- 28 de maio, sábado, das 8h às 22h
Entrada: um quilo de alimento não perecível
Inscrição pelo link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe2kCe6TGnAgwEfa3bZuVjhpdfPjJnO-OrEz0HdmG3DBOyiNA/viewform
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