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Projeto da UFPA cuida de pessoas com dores na coluna; veja como buscar atendimento

Sedentarismo, obesidade, estresse e piora da qualidade do sono estão associadas a dor na coluna

Vito Gemaque

As dores crônicas devem afetar aproximadamente 60 milhões de brasileiros até 2050, a maior parte dessas dores associadas a coluna vertebral, segundo estimativas da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor. As dores na coluna afetam milhares de pessoas anualmente no Brasil. O Projeto de Extensão Assistência e Prevenção das Disfunções na Coluna Vertebral da Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Pará (UFPA) atende várias pessoas da sociedade que sofrem com dores na coluna.

A vida contemporânea tem amplificado a probabilidade de dores na coluna. Isso ocorre devido aos hábitos que se transformam em fatores de risco. “O principal fator de risco é o sedentarismo, a obesidade é outro, o estresse, a piora da qualidade do sono que colaboram para causar dor na coluna. As demandas do nosso cotidiano temos que estar atentos, o que pode causar uma disfunção na coluna”, explica o coordenador do projeto professor Maurício Magalhães.

As pessoas devem estar atentas para alguns sintomas como as dores, que podem se irradiar para braços ou pernas, e alteração de sensibilidade e força. Também há o formigamento na perna e braços, incontinência urinária e incontinência fecal associadas com a dor na coluna. Em alguns casos mais graves, que atingem em torno de 1% das pessoas, as dores podem ser causadas por câncer na coluna, já 5% há a relação com radioculopatia, que são as dores da conhecida hérnia de disco.

Projeto de Extensão Assistência e Prevenção das Disfunções na Coluna Vertebral

Para melhorar os sintomas e ajudar a prevenir as dores na coluna, estão as atividades terapêuticas e exercícios físicos que todos podem desenvolver. “O exercício físico ajuda a ter uma musculatura mais resistente. Uma musculatura mais resistente vai ajudar a me dar uma sustentação na coluna muito melhor, além disso, o exercício tem vários outros benefícios como a melhora na qualidade do sono, ajuda a diminuir marcadores inflamatórios no corpo, para poder ajudar no processo de dor na coluna vertebral, além dos benefícios musculares, ele me dá outros aspectos neurofisiológicos muito importantes para melhorar a saúde da coluna vertebral”, detalha o professor.

Os interessados em serem atendidos pelo projeto devem se cadastrar pela internet. Posteriormente, a equipe entra em contato com a pessoa que passará por uma avaliação e poderá ser inserida dentro de um plano de tratamento. Dependendo da gravidade do caso, os fisioterapeutas poderão encaminhar para tratamento médico. Os pacientes são atendidos nas manhãs de terça e sexta-feira. Além das atividades físicas, os participantes têm orientação sobre cuidados com a coluna e estilo de vida.

O projeto já atendeu 120 pessoas em dois anos de existência. Atualmente, 20 pacientes com os mais diferentes problemas, desde dores na coluna, até hérnia de disco, escoliose, osteofitose (bico de papagaio) e doenças degenerativas na coluna são atendidos. Os pacientes com faixa etária que vai de 25 a 60 anos recebem acompanhamento com exercícios e orientações de estudantes de graduação e de mestrado que devem desenvolver no local projeto e em casa.

Um dos pacientes atendidos é Renan Lima, de 22 anos, estudante do curso de sistema de formação da UFPA que começou a sentir dores no corpo. “Eu fico bastante tempo na frente do computador. Depois de dois anos de curso isso piorou. Tinha um pouco de dor, mas aqui intensificou por causa da rotina”, contou.

Após quatro semanas, ele já percebeu uma melhora. Além dos exercícios feitos no laboratório, Renan voltou a ter hábitos mais saudáveis. “Depois daqui comecei a fazer exercício, voltei a treinar e a fazer vôlei. As dores diminuíram bastante. Comecei a ter mais cuidado com os movimentos que fazia errado”, detalhou.

“A pessoa quando tem um problema tem que mudar o estilo de vida, cuidar da qualidade do sono, da alimentação e atividade física orientada para prevenir novos episódios de dor na coluna. Não adianta ela fazer um tratamento e depois fazer as mesmas coisas que ela fazia. Tudo isso para a gente reduzir a probabilidade de dor, porque muitas vezes não tem cura, mas tem como prevenir ao mudar o estilo de vida para evitar novos episódios”, explica o professor.

Serviço: Projeto de Extensão Assistência e Prevenção das Disfunções na Coluna Vertebral

Data: Terça e sexta-feira

Horário: 8h às 10:30h

Local: Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, próximo ao Hospital Bettina Ferro, no campus Guamá, com entrada pelo portão 4, da Universidade Federal do Pará (UFPA), localizado na avenida Perimetral. 

Contato pelo perfil no Instagram @cpfm.ufpa

Ficha para se inscrever no projeto 

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