Principal suspeito de feminicídio no Sideral se entrega às autoridades; saiba mais
Familiares da vítima descobriram que Edisandro de Jesus da Costa é casado e havia escondido esse fato de todos
Edisandro de Jesus da Costa, de 32 anos, principal suspeito pela morte de Edrica Moreira Lopes da Silva, de 19 anos, se entregou ao Quartel do Comando do II BIS na tarde desta segunda-feira (22). O sargento militar temporário do Exército estava foragido desde o dia 11 de novembro, quando, segundo testemunhas, teria atirado contra a vítima, que era sua namorada, e atingido também uma amiga dela no Conjunto Jardim Sideral, em Belém. De acordo com familiares de Edrica, ele se apresentou no 2º Batalhão de Infantaria de Selva (2º BIS), localizado na avenida Almirante Barroso, acompanhado por um advogado e pela esposa.
"O cerco fechou. Ele não tinha mais opção, por isso se entregou", afirmou André Marvão, cunhado de Édrica. A família foi avisada por colegas de Edisandro, e em seguida recebeu da Polícia Civil a confirmação de que ele havia se apresentado no quartel. "Ele escondeu de todo mundo que era casado, só soubemos agora. A gente está esperando um posicionamento da polícia", relatou André.
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Informações levantadas pelos familiares da vítima também dão conta de que antes do crime o suspeito já vinha ameaçando Édrica por não aceitar o término do relacionamento, que havia durado três meses. No final de outubro, a jovem chegou a procurar a polícia e pediu uma medida protetiva contra o ex-namorado. Além da prisão de Edisandro, a polícia também conseguiu apreender o carro que teria sido usado pelo atirador na noite do crime.
Relembre o caso
A jovem Édrica Silva, 19 anos, foi atingida por três tiros na noite de 11 de novembro, quando voltava de um ponto de lanche na praça do Sideral em companhia de uma amiga. No caminho para casa um carro parou perto das duas e de do banco de trás saltou um homem que anunciou um assalto. Porém, antes que qualquer uma delas tivesse a chance de entregar seus pertences, o atirador iniciou uma sequência de disparos que teve Édrica como o principal alvo.
A amiga, ferida na perna, foi levada a uma emergência e liberada. Mas Édrica, ferida com gravidade, precisou ser levada ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, onde faleceu quatro dias depois.
A família da vítima se mobilizou pelas redes sociais para obter informações do paradeiro de Edisandro e chegou a criar um perfil no Instagram intitulado “Justiça por Édrica”, onde centenas de seguidores compartilhavam todos os dias a foto do suspeito de feminicídio.
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