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Padre Wiremberg celebra missa em O Liberal e fala da esperança cristã

“Nós não devemos perder esta esperança cristã, que deve motivar-nos na esperança de dias melhores”, afirmou

Dilson Pimentel

“Desta vida, não levaremos nada, a não ser a essência de nós mesmos”. É o que afirmou o padre Wiremberg José. Vigário paroquial de Nossa Senhora do Amparo na Cidade Nova 8, em Ananindeua, ele celebrou missa, na manhã deste domingo (4), na sede de O Liberal, no bairro do Marco, em Belém.

E explicou que a liturgia da palavra deste domingo da Sagrada Escritura da Santa Missa é a do 23º domingo do tempo comum. “E podemos dizer que é, de certo modo, um chamado, um apelativo de Deus à esperança cristã. Que nós não devemos perder esta esperança cristã, que deve motivar-nos na esperança de dias melhores”, afirmou.

O padre disse que a primeira leitura da missa do livro da sabedoria fala exatamente sobre os pensamentos dos mortais – “ou seja, nossos. Eles são tímidos e nossas reflexões são incertas'', diz o texto. E continua: ‘qual o homem que pode conhecer os desígnios de Deus? Nós não podemos conhecer os desígnios de Deus. Mas Deus mesmo que nos salva, porque, no final do texto do livro da sabedoria, capítulo nove, versículo de 13 a 18, vai dizer que, pela sabedoria, fomos salvos".

Para Deus, não existe hora e tempo, diz padre

O religioso acrescentou: "E daqui, desta leitura da sabedoria, parte para um outro livro Sapiencial, os Salmos. E nos Salmos diz assim, vós fazeis voltar ao pó todo mortal. Quando dizeis voltai ao pó, filhos de Adão. E, logo no início, o texto diz que mil anos para vós são como ontem qual vigília de uma noite que passou. Ou seja: para Deus, não existe hora, tempo. Porque aqui está no plano da eternidade. Na eternidade é como se mil anos é como se equivalesse a um dia e vice-versa”.

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Ainda segundo o padre Wiremberg José, não há essa contagem na vida eterna. “E daí, sim, vem a grande mensagem do Evangelho: Que é Jesus desafia-nos a segui-lo, mas desapegando-se de todo o obstáculo no caminho do discipulado. Na nossa vida nós temos muitos apegos", afirmou.

E acrescentou: "Apegos até a nós mesmos, às nossas ideias, apego à nossa matéria e a tudo aquilo que constitui essa matéria. Aí a esperança cristã está associada a essa esperança eterna porque, um dia, nós deixaremos até a nossa matéria, até o nosso próprio corpo. Nós deixaremos e nós uniremos a Deus, eternamente falando, com a nossa alma, com a nossa liberdade plena, com a ausência do pecado".

Evangelho fala do desapego, do sacrifício e da renúncia

Ele disse que livro da sabedoria, no final fala, da leitura, diz: "somos salvos na esperança. Então ele diz aqui: o Evangelho fala do desapego, do sacrifício e da renúncia. Porque, no final do Evangelho, diz: do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós se não renunciar a tudo que tem não pode ser meu discípulo".

O padre afirmou que a última renúncia "que nós fazemos é de nós mesmos, porque nós não aceitamos a nossa retirada do mundo. Nós nem sabíamos que íamos entrar no mundo e nem aceitamos a saída do mundo. Então nós seremos retirados um dia do mundo para voltarmos. Deus, que é a plenitude do amor, e nessa plenitude do amor que nós seremos consolados nele, que é a nossa esperança é que é a sabedoria que nos salva. Essa mensagem é uma mensagem realmente muito eterna".

Esperança eterna depende somente da plena liberdade de Deus

Ainda segundo o padre,  essa não é uma esperança humana: "Não é algo que eu vou esperar bem ali na esquina alguém que vem me buscar pra tomar um sorvete ou marcar algum almoço ou marcar um café da tarde. Não, porque essa esperança é furada. Pode ter acidente, pode ter chuva, pode ter várias intempéries da vida".

Essa esperança eterna, explicou, não depende de chuva, de carro, de hora, de nada. "Depende somente da plena liberdade de Deus, que é livre, que é amor, que é bondade, que é esperança, que é sabedoria e quer nos associar a ele plenamente", completou.

O padre também disse que, em setembro, são celebrados dois grandes momentos. "Primeiro que é o mês da Bíblia. A Igreja do Brasil celebra há pelo menos 70 anos já em torno disso o mês da Bíblia. E isso por causa de São Jerônimo, que se celebra no dia 30 de setembro, ele que foi o grande doutor da bíblia. Depois é um mês também de Maria porque nós celebramos duas datas importantes: 8 de setembro a Natividade da Virgem e 15 de setembro a Mãe das Dores", explicou.

 

Belém