Padre Cláudio Pighin reflete sobre matrimônio, igualdade e fraternidade

Na homilia deste 27º Domingo do Tempo Comum, o padre Cláudio Pighin destacou a importância da mensagem de Jesus em relação ao matrimônio, conforme apresentado no Evangelho de Marcos

O Liberal
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Na homilia deste 27º Domingo do Tempo Comum (6 de outubro), o padre Cláudio Pighin, celebrante das missas dominicais no Grupo Liberal, destacou a importância da mensagem de Jesus em relação ao matrimônio, à igualdade e à fraternidade, conforme apresentado no Evangelho de São Marcos (capítulo 10, versículos 2-16). Segundo o evangelista, Jesus estava a caminho de Jerusalém, onde enfrentaria a crucificação. E durante esse percurso, enfrentava constantemente a oposição de escribas e fariseus, aproveitando para ensinar seus discípulos. 

"Jesus os ensinava que sua missão passaria pelo Calvário, algo incompreensível para eles e para todos, o que tornava seu ensino difícil. Portanto, é um ensino difícil e sem distrações, consciente", afirma Padre Cláudio. O tema central do Evangelho foi uma pergunta feita pelos fariseus a Jesus: seria lícito ao marido repudiar sua esposa? Ao responder, Jesus contrariou a visão machista da época, que permitia essa prática. 

Para fundamentar sua resposta, ele recorreu ao livro do Gênesis, no Antigo Testamento, explicando que, no momento da criação, Deus estabeleceu a igualdade entre homem e mulher. "Não se permitia a igualdade nem a fraternidade que tanto Deus quis. Jesus mostra a diferença, neste caso, para os fariseus, entre o Deuteronômio e o Gênesis, sobre a interpretação do casamento. Em Gênesis se revela a intenção profunda de Deus. E, no entanto, no Deuteronômio, paga-se um tributo à dureza do coração dos homens”, conta.

Além disso, Padre Cláudio também destaca que, para Jesus, o matrimônio é uma aliança sagrada, baseada na fidelidade total - da mesma como Jesus foi fiel à sua missão até a cruz: "O matrimônio deve ser uma entrega total, sem fingimentos, que leva a imitar o amor de Cristo como caminho de salvação”. 

O sacerdote também abordou a relação entre o matrimônio e o celibato, ressaltando que este último deve estar ao serviço do Reino de Deus. "Somente assim se pode explicar um verdadeiro amor, sem ser confundido com o egoísmo pessoal e que tanto prejudica o ser humano", destaca o religioso. “E, vendo essas condições, se estabelece uma relação os dons de fraternidade e de igualdade. Ninguém, desse jeito, tem mais posse sobre o outro”, analisa o padre.

Projeto de Deus

Na parte final do Evangelho, Jesus acolhe as crianças, contrariando a atitude dos discípulos, que queriam afastá-las. Segundo o Padre Cláudio, os discípulos, provavelmente, queriam preservar Jesus, uma vez que as crianças e suas mães eram consideradas impuras naquele tempo. "Jesus não tem medo de transgredir as regras para defender a pessoa e promover a fraternidade, que é um projeto de Deus", observa o sacerdote.

Concluindo a homilia, Padre Cláudio lembrou que Jesus abraçou as crianças, mostrando que elas, assim como todos os outros, devem se deixar amar por Deus. "Devemos nos deixar conduzir por uma lógica de amor e não de poder. Aquele que pratica o amor servindo os outros perturba aqueles que se agarram aos privilégios do poder", finaliza o padre

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