Padre Bruno Sechi é homenageado com medalha por incentivo à educação em Belém
A honraria é voltada a pessoas que se destacam na defesa e promoção da educação pública ou que prestam relevantes serviços à política educacional de Belém
Pelas ações na defesa e promoção da educação de crianças e adolescentes, o padre Bruno Sechi (in memorian) foi homenageado com a maior honraria do Conselho Municipal de Educação de Belém: a medalha Paulo Freire. O prêmio, entregue durante cerimônia realizada nesta quinta-feira (19/9), dia do nascimento do patrono da educação brasileira, foi recebido pela coordenadora geral do Movimento de Emaús, professora Georgina Kalif Cordeiro.
Segundo a professora, essa é uma maneira de manter vivo o legado deixado pelo religioso, que atuava ativamente nos serviços que envolvem ensino e aprendizado no município de Belém.
“É uma sensação de muita saudade, pois ele não está presente para poder testemunhar esse reconhecimento e, ao mesmo tempo, uma honra, pois eu fui escolhida para representá-lo por ser uma das pessoas que estava junto com o Padre Bruno quando esse trabalho iniciou. Há 50 anos as ações eram inspiradas na filosofia freiriana, de ver as crianças e adolescentes como sujeitos do seu próprio desenvolvimento e não como assistidos. E nós continuamos mantendo isso vivo em todos os trabalhos que realizamos”, afirma Georgina.
A comenda, instituída pela Resolução 08 de 14 de dezembro de 2022, tem o objetivo de homenagear pessoas físicas ou jurídicas que tenham se destacado na defesa e na promoção da educação pública ou prestado relevantes serviços à política educacional de Belém.
Legado
Georgina Kalif Cordeiro conviveu por muitos anos com o Padre Bruno Sechi. Para ela, as mensagens do religioso, ditas com palavras e demonstradas com gestos, nunca serão esquecidas. “A primeira mensagem que ele deixa é o princípio evangélico de que nós estamos numa sociedade a ser trabalhada para que a presença de Cristo seja identificada na presença do próximo. Que nós possamos enxergar principalmente na figura das crianças e adolescentes a figura do Cristo. A segunda é passar aos pequenos os ensinamentos com amor, que é questão da pedagogia freiriana. Fazer para eles e com eles. Isso a gente desenvolve no dia a dia, através das ações. Elas mudam as pessoas. A gente tem que estar renovando sempre essa prática, essa filosofia, no sentido de estar fazendo com que as pessoas que assumam o movimento se enxerguem também como executores e portadores dessa metodologia. Porque é isso que faz toda a diferença”, declara a professora.
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