Médicos infectologistas alertam para cuidados pós-Carnaval

Folia de Momo é conhecido como período com aumento do número de pessoas doentes

Vito Gemaque
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A folia do carnaval chegou ao fim e após dias de muitos blocos, escolas de samba e festas, é preciso retomar os cuidados com a saúde. O exagero na ingestão de bebidas alcóolicas, o consumo de alimentos processados podem prejudicar a saúde do seu corpo, e as grandes aglomerações propiciam a propagação de diversas doenças infecciosas. Especialistas apontam que é preciso tomar cuidados para quem ficou doente neste período se recuperar completamente e não transmitir a doença.

Médicos infectologistas apontam que, durante e depois do carnaval, o número de pessoas infectadas com síndromes respiratórias, gastrointestinais e infecções secualmente transmissíveis (ISTs) aumentam. 

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O infectologista Caio Botelho relaciona ao carnaval, também, o aumento dos quadros de doenças respiratórias no Pará, devido ao período do inverno amazônico. “As pessoas acabam se aglomerando e isso faz com que aumente as infecções, em diversas populações e grupos. Lembrando também que essas doenças pós-Carnaval não são somente respiratórias, temos também o aumento de ISTs, infecções sexualmente transmissíveis, e também temos as doenças do viajante, que são gastrointestinais, porque muita gente viaja no Carnaval, ou acaba bebendo água de qualquer lugar. As mais comuns são as doenças do viajante, que duram de quatro a sete dias. Com hidratação e cuidado as pessoas ficam bem”, explica.

O infectologista Lourival Marsola ressalta a importância de adotar comportamentos de prevenção para reduzir a transmissão dos vírus respiratórios, como gripe, COVID-19 e resfriados. Dentre as principais recomendações estão: que os infectados fiquem em isolamento caso tenham febre, tosse, coriza ou dor de garganta; utilizem máscaras, principalmente em locais fechados e com aglomeração; higienização das mãos lavando com frequência com água e sabão ou usar álcool 70%; evitar compartilhar objetos pessoais (copos, talheres e garrafas); manter ambientes ventilados e estar com a vacinação de gripe e COVID-19 em dia.

“Geralmente há um aumento de casos de infecções respiratórias após grandes eventos e períodos de aglomeração, como o Carnaval. Isso ocorre porque muitas pessoas entram em contato próximo, facilitando a transmissão de vírus. Além disso, fatores como baixa hidratação, privação de sono e consumo excessivo de álcool podem enfraquecer o sistema imunológico, tornando as pessoas mais suscetíveis a infecções”, detalha Marsola.

As doenças respiratórias mais frequentes após esse período incluem gripes (Influenza A e B), COVID-19, resfriados comuns (Rinovírus, Adenovírus, Parainfluenza), mononucleose infecciosa (doença do beijo), faringite viral ou bacteriana, pneumonia viral ou bacteriana (rara, mas pode ocorrer em casos complicados). Outras doenças comumente associadas ao contato próximo e aglomerações incluem gastroenterites virais, hepatite A e infecções sexualmente transmissíveis (como sífilis, gonorreia e HPV).

Para os vírus respiratórios, Botelho aponta, que caso nenhum sintoma apareça após cinco dias, é possível determinar que a pessoa não contraiu nenhuma doença. “Por isso, é importante o uso de máscaras, principalmente se você foi para um local onde você não sabe se as pessoas estão doentes, ou não. O tempo de incubação, o período que a pessoa fica sem ter expresso a doença, é de cinco dias. Se em cinco dias você não tiver sintoma nenhum está tudo certo”, tranquiliza.

Caso apresente qualquer sintoma, o ideal é procurar um médico. Os especialistas recomendam para os infectados por doenças respiratórias que repousem, se hidratem bastante com água, chás, e sucos naturais. Os doentes precisam também ter uma alimentação equilibrada com frutas, vegetais e proteínas para fortalecer o organismo. Eles também podem utilizar antitérmicos e analgésicos para febre e dor, conforme recomendação médica. Os infectologistas alertam para evitar a automedicação com antibióticos, que não são eficazes contra vírus. Caso haja febre alta persistente, falta de ar, dor no peito ou piora dos sintomas, os pacientes devem procurar um médico com urgência. “Pessoas com fatores de risco (idosos, imunossuprimidos, crianças pequenas, gestantes) devem procurar assistência médica com mais rapidez”, alerta Marsola.

Marsola também lista uma série de medidas que podem ajudar a fortalecer o sistema imunológico, como uma alimentação rica em nutrientes. É importante priorizar alimentos ricos em vitaminas A, C, D e zinco (frutas cítricas, vegetais verdes, oleaginosas, peixes e ovos). O sono adequado com 7 a 8 horas por noite é fundamental para permitir a regeneração do sistema imune.

Outro aliado é a atividade física regular, já que os exercícios moderados ajudam a melhorar a resposta imunológica. Além disso, aumentar a hidratação ajuda a eliminar toxinas e manter as mucosas saudáveis, assim como pegar luz do sol estimula a produção de vitamina D, que é essencial para a imunidade. Neste período pós-Carnaval, as últimas recomendações são evitar substâncias como álcool e tabaco, pois elas prejudicam a resposta do sistema imune e tentar diminuir o estresse, responsável por enfraquecer o sistema imune, técnicas como meditação, yoga ou atividades de lazer podem ajudar.

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