Marcha das Mulheres Lésbicas e Bissexuais pede políticas em prol da vida em Belém
As 11ª edição do cortejo ocupou as ruas do centro de Belém no final da tarde do domingo, 28
O movimento das mulheres lésbicas e bissexuais do Pará foi para as ruas na tarde do domingo, 28, para defender suas pautas em uma grande marcha, que começou na Avenida Doca de Souza Franco e foi até a Praça do Relógio, no centro de Belém. O momento marca o final das celebrações pelo Dia da Visibilidade Lésbica, como parte de uma série de programações que vêm sendo realizadas na capital desde o último dia 13.
Com o tema “Ativismo Lésbico da Amazônia Paraense: Por Dignidade e Resistência”, a campanha “16 Dias de Ativismo Lésbico” é encabeçada por grupos auto organizados da sociedade civil de mulheres lésbicas, dentre elas, coletivo Sapato Preto, coletivo LesbiPará dentre outros, dão início, no próximo dia 13, à Campanha “16 Dias de Ativismo Lésbico”.
A 11ª Marcha de Mulheres Lésbicas e Bissexuais do Pará, realizada neste domingo, 28, carregou como bandeira o tema “Meu voto é pela vida das mulheres”. A DJ Gadá, uma das organizadoras da marcha, destaca que as pautas têm foco nas mulheres, mas não apenas nas lésbicas e bissexuais.
“É um movimento de que a bandeira de luta é mulheres lésbicas e bissexuais. Mas nunca deixamos nenhuma mulher de fora”, defende Gadá. Como um movimento que busca visibilizar uma minoria, pouco lembrada até mesmo quando são feitas referências à sigla LGBTQIAP+, Gadá levanta a relevância da data.
“Nós queremos políticas, nós estamos aqui falando sobre a vida das mulheres, das mulheres que são violentadas, das mulheres que são agredidas, das mulheres lésbicas e bissexuais que são invisibilizada até na hora da morte, porque muitas que se vão, chegam a morrer e a própria família nega, nega que ela é lésbica, que ela é bissexual. Isso nos dói muito. Então a nossa bandeira, que a gente levanta hoje, é o nosso voto é pela vida das mulheres”, defende.
A estudante Iara Fernanda, que participava da marcha, também pontua a relevância de visibilizar a população lésbica e bissexual. “Eu acho que desmistifica muita coisa e dá visibilidade. É importante para que a gente pare de sofrer certos tipos de preconceitos que a gente sofre diariamente, e para ter uma oportunidade de se expressar, de aparecer a nossa cara e dizer que a gente vai lutar sim, e que não importa o quanto tentem nos oprimir, nós continuaremos lutando para ser quem somos”, defende.
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