Macacos do Bosque: animais continuam sendo monitorados, confirma Prefeitura de Belém
O cuidado realizada por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belém (Semma) visa prevenir o risco de novas infecções no espaço
Após a confirmação de contaminação por toxoplasmose em animais que morream no Parque Zoobotânico Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco, em Belém, a Prefeitura de Belém informou, nesta terça-feira (23), que segue monitorando outros macacos do local para que não haja risco de novas infecções no espaço. As ações de monitoramento são realizadas por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belém (Semma).
Além do cuidado com os animais do Bosque, as equipes têm realizado campanhas para que a população não alimente os animais do parque, segundo a Semma. No comunicado, realizado por meio do portal Agência Belém, por volta das 12h24, a Semma informou que os macacos não são mais vistos no entorno do parque, pois os que não foram contaminados com a doença fazem parte de um bando de primatas que vivem no dossel da floresta (copa das árvores) e se alimentam de frutas, sementes, insetos e com alimentação interna.
VEJA MAIS
O informativo ainda explica que os macacos possuem comportamento antissocial e não gostam de contatos com humanos, o que garantiu a sobrevivência de cerca de 50 animais.
As equipes do Bosque realizaram também a captura para coleta de material biológico de alguns animais. Os resultados dos exames foram negativos para qualquer agente patogênico.
Laudo da Polícia Científica confirmou toxoplasmose
No último dia 19 de agosto, a Polícia Científica Renato Chaves entregou o laudo sobre a morte dos macacos no Bosque Rodrigues Alves para a Delegacia de Meio Ambiente e Proteção Animal da Polícia Civil, a qual apura o inquérito sobre o caso. O laudo confirmou toxoplasmose, a partir da infecção por outro animal.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, não há indício de que as mortes tenham sido causadas de forma criminosa. O episódio dos macacos aconteceu em 3 de junho deste ano, quando os animais foram encontrados mortos dentro do Parque Zoobotânico Bosque Rodrigues Alves.
Campanha busca frear a alimentação dos animais pela população
O comunicado da Semma publicado nesta terça-feira ainda diz que campanhas para que a população não alimente os animais do parque, como uma forma de sensibilizar quem circula pelo entorno do espaço. O foco é conscientizar sobre os riscos de oferecer alimentos e os efeitos para a fauna do Jardim Zoobotânico.
Ainda segundo a Semma, os animais que vivem no Bosque possuem alimentação adequada, que é feita por equipes de veterinários e biólogos, além da busca por alimentos no próprio ambiente, ainda segundo a Semma — nas árvores frutíferas e espécies da cadeia alimentar dos animais.
"A Prefeitura de Belém, por meio da Semma, reforça que alimentar inadequadamente os animais pode desmotivá-los a comer o próprio alimento. E alguns acabam saindo do Bosque, atraídos pela oferta de comida, correndo risco de morte. Todos os animais silvestres podem ser prejudicados, se forem alimentados de forma errada”, finalizou a nota.
(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, João Thiago Dias)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA