Justiça liberta acusados de participar de grupo de extermínio em Belém

Um alvará de soltura concedido pela 1ª vara do Tribunal de Júri da Comarca da Capital colocou em liberdade acusados de participar de um grupo de extermínio e extorsões com atuação na região metropolitana de Belém. A decisão de impronúncia, quando não há convencimento sobre a existência do crime ou autoria, foi tomada pelo juiz Edemar Silva Pereira por falta de provas, nesta terça-feira (28).

Na noite desta quarta-feira (29), o delegado-geral da Polícia Civil, Cláudio Galeno de Miranda Soares Filho, explicou que 18 pessoas envolvidas no grupo criminoso foram identificadas durante cinco meses de investigação, dos quais seis eram policiais militares ativos e dois ex-policiais. "Nós, enquanto instituição que investiga, que faz parte do sistema de Justiça, se sente com o dever cumprido de investigar e colocar atrás das grades matadores", comentou Galeno, sem avaliar a decisão judicial.

Imagens: Cleidiane Silva/O Liberal

Na decisão, o juiz determinou, ainda, o arquivamento dos autos e pediu a Polícia Civil que providenciasse a retirada do indiciamento dos envolvidos. Apesar disso, o Ministério Público sugeriu que os autos fossem encaminhados à Vara de Crime Organizado, por considerar a existência de uma organização criminosa por parte do grupo, que conta com a participação de policiais militares. 

Dentre os acusados libertos, estão Wesley Favacho Chagas, vulgo Caniço; Janderson de Jesus Otaviano do Monte, vulgo Janjão; José Venâncio dos Santos Silva, vulgo Mano; Heleno Arnaud Carmo de Lima, vulgo Cabo Leno; Weverson Leonardo de Oliveira Garcia, vulgo Léo da Timbó; João Paulo Ferreira de Brito; Evangelista Junior dos Santos Matos, vulgo Junior Piloto; Thiago da Silva, vulgo Thiagão ou Xande; Adriano Ferreira da Cunha, vulgo Sombra; Michael Alves de Assis, vulgo Maicon; Deivyson Rafael Fontes de Menezes, vulgo Pelo; Daniel Lopes de Freitas, vulgo Daniel Tanque; e Dionelson Borges Pantoja, vulgo JB.