Greve de ônibus: população reclama do preço da passagem do transporte alternativo
Passageiros apontam que preços quase dobraram
Ananindeua e Marituba amanheceram sem ônibus nesta terça-feira, 3. Com a greve dos rodoviários, anunciada nesta segunda, os passageiros, já penalizados, reclamam do preço das passagens dos transportes alternativos.
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Na BR-316, em Marituba, passageiros aguardam em uma parada de ônibus na esquina com a rua João Paulo II, no bairro Centro. Eles reclamam do preço cobrado nas vans: R$ 8. O normal seria R$ 5.
Rosa Maria Gomes, 67 anos, chegou a essa parada de ônibus antes das 5 horas. Às 5h20, ela aguardava um transporte para ir comprar verduras no Entroncamento. "As vans estão cobrando R$ 8 reais. Muito caro", disse ela, que vende verduras em Marituba, onde mora.
Para conseguir chegar ao trabalho, a população precisou buscar alternativas. Muitos trabalhadores, no entanto, sem opções, tiveram que se deslocar a pé por vários quilômetros.
O auxiliar de produção João Victor Lopes, de 21 anos, relatou que saiu de sua residência, em Marituba, às 5h, para chegar ao trabalho, no Distrito Industrial, em Ananindeua, às 6h. "Estou vindo desde de lá de dentro, do Mário Couto (bairro de Marituba). Saí de casa 5h. Estou indo para Ananindeua, para o Distrito. Trabalho em uma madeireira. Eu tinha conversado com um amigo para ir de moto, mas acho que ele já foi".
Há quase uma hora em uma parada de ônibus de Ananindeua, o pedreiro João Eduardo Santos, de 38 anos, disse que não viu nenhum ônibus circulando desde as primeiras horas da manhã.
"Tem que esperar qualquer ônibus que vai para lá. Tem que esperar ver quantos porcentos está rodando, acho que não está rodando nenhum. Estou desde 5h e até agora não passou nada".
De bicicleta, o trabalhador Raimundo Gonçalves, de 50 anos, pedalou cerca de uma hora para chegar ao trabalho, na Cidade Nova, em Ananindeua. Ele mora no bairro de Águas Lindas. "Eles estão querendo aumento na passagem, a gente não pode fazer nada".
Ao longo da BR-316 não há ônibus.
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