'Foi o povo quem quebrou os protocolos no Círio de 2020. Quase fui às ruas', diz Arcebispo de Belém
Em coletiva do Recírio, após missa de encerramento dos festejos, Dom Taveira admitiu: "minha vontade era seguir com o povo" à saída da Catedral de Belém no domingo do Círio
O Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, supreendeu os jornalistas presentes à Basílica Santuário na manhã desta segunda-feira (26), ao dar detalhes dos bastidores da missa que celebrou na abertura do domingo de Círio deste ano, e dizer que quase seguiu "com o povo pela rua afora", após a cerimônia daquele domingo. Dom Alberto fez hoje, ao lado da Diretoria da Festa de Nazaré, um balanço das festas. Albano Martins, que coordena a Diretoria da Festa de Nazaré, não pode comparecer. Ele foi diagnosticado com covid-19.
O Círio de 2020, foi encerrado esta segunda-feira, com uma missa na Basílica Santuário para marcar o Recírio. Ao todo, 100 mil pessoas foram às ruas no segundo domingo de outubro - apesar de todas as recomendações contrárias de autoridades religiosas e também da saúde pública, para que protocolos de controle da pandemia de covid-19 fossem seguidos no Estado.
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"Quando chegamos à Catedral, vimos aquela multidão que se reunia ali. Dom Antônio [Dom Antonio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém] se voltou a mim e disse: 'o povo faz o Círio'. Aquilo caiu para mim profundamente em meu coração", contou Dom Alberto Taveira esta manhã. Veja:
"Quando chegamos à Catedral, vimos aquela multidão que se reunia ali. Dom Antônio [Dom Antonio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém] se voltou a mim e disse: 'o povo faz o Círio'. Aquilo caiu para mim profundamente em meu coração", contou Dom Alberto Taveira
"Chegando à sacristia, me veio a ideia de providenciar uma caminhonete, um carro de som. Botei todo mundo doido até arranjar tudo que era necessário, enquanto eu celebrava a missa", detalhou o Arcebispo de Belém.
"Terminada a missa, na porta da igreja, tinha a caminhonete, o carro de som, e eu fui ao encontro do povo. Então, quem quebrou o protocolo não fui eu não. Foi o próprio povo. E eu tenho certeza, foi a inspiração do Espírito Santo", disse Taveira.
"Terminada a missa, na porta da igreja, tinha a caminhonete, o carro de som, e eu fui ao encontro do povo. Então, quem quebrou o protocolo não fui eu não. Foi o próprio povo. E eu tenho certeza, foi a inspiração do Espírito Santo", disse Taveira
"A única coisa que eu fiz foi levar a imagem de Nossa Senhora até o povo. Dizer ali algumas palavras, rezar juntos, dar a bênção. Humanamente, minha vontade era seguir com o povo pela rua afora. Não o fiz porque seria uma irresponsabilidade de minha parte, mas o desejo era ceder a esse anseio que o povo manifestava. E sabemos, pelo que nos foi informado, que mais de cem mil pessoas foram à rua no domingo do Círio".
"A única coisa que eu fiz foi levar a imagem de Nossa Senhora até o povo. Dizer ali algumas palavras, rezar juntos, dar a bênção. Humanamente, minha vontade era seguir com o povo pela rua afora. Não o fiz porque seria uma irresponsabilidade de minha parte, mas o desejo era ceder a esse anseio que o povo manifestava"
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