Entenda como será o plano emergencial de supressão e manutenção de árvores no centro de Belém

Anúncio foi feito na manhã deste sábado (8) pelo prefeito da cidade, Igor Normando, e pela secretária municipal de Meio Ambiente e Clima, Juliana Nobre

Mariana Azevedo e Gabriel da Mota

Um plano emergencial de supressão e manutenção de árvores começou a ser executado neste sábado (8) para reduzir o risco de quedas no centro de Belém. A iniciativa, que começou com a poda inicial de uma mangueira na avenida Generalíssimo Deodoro, no bairro do Umarizal, inclui a remoção imediata de 30 árvores que apresentam risco iminente de queda, a poda de mais de 100 árvores para evitar novos incidentes e a intensificação do monitoramento fitossanitário das espécies urbanas. Além disso, a estratégia prevê um sistema contínuo de mapeamento das condições das árvores e, nos próximos seis meses, o lançamento de um aplicativo que permitirá à população registrar ocorrências relacionadas a árvores em risco.  

A ação está sendo conduzida pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (Semma). O anúncio foi feito pelo prefeito Igor Normando e pela secretária Juliana Nobre no local onde a primeira árvore começou a ser podada na manhã deste sábado, e cuja retirada deve ser concluída na segunda-feira (10) segundo Paulo Porto, engenheiro da Semma.

De acordo com a nova gestão municipal, desde setembro do ano passado, nenhum serviço de manutenção havia sido realizado no centro da cidade e, somente neste primeiro mês, a Prefeitura mapeou 98 árvores necessitando de manutenção e identificou 30 em risco iminente de queda. Em janeiro, as primeiras ações emergenciais foram iniciadas no Bosque Rodrigues Alves e agora se concentram no centro da capital, onde há mais de 120 mil árvores.  

Início do plano emergencial de supressão e manutenção de árvores no centro de Belém

O prefeito Igor Normando destacou a necessidade da força-tarefa diante da negligência nos últimos meses.

“Temos árvores centenárias que precisam ter um acompanhamento constante. Infelizmente, a gestão passada não teve esta responsabilidade, foi extremamente negligente e passou mais de 4 meses sem dar uma manutenção nas árvores da cidade. É por isso que agora nós entramos não só com a manutenção, mas com uma força tarefa, triplicando o número de equipes. Nós mapeamos mais de 300 árvores na cidade com risco médio e grave de queda. Isso tudo para preservar tanto o patrimônio quanto a vida das pessoas”, declarou.  

image Igor Normando, prefeito de Belém (Carmem Helena / O Liberal)

Além das intervenções emergenciais, o plano prevê ações a longo prazo, como o plantio de mais de 10 mil árvores até o final do ano dentro do programa Belém Verde. O objetivo, segundo Igor Normando, é recuperar as áreas verdes da cidade e prepará-la para a COP 30. O prefeito também ressaltou a escolha de espécies adequadas para a arborização urbana, mencionando que as mangueiras replantadas serão de porte menor. “Uma espécie que possa garantir que a gente tenha arborização, mas que isso também não interfira na vida das pessoas e no mobiliário urbano da cidade”, explicou.  

Semma

A secretária municipal de Meio Ambiente e Clima, Juliana Nobre, explicou que a força-tarefa da Semma inclui a coleta de demandas da população, além do mapeamento técnico das árvores. O trabalho conta com parcerias, incluindo a Equatorial Pará e o Corpo de Bombeiros, que auxiliam na execução do plano emergencial.

Além disso, a Prefeitura pretende retomar a cooperação com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), que já realizou inventários florísticos em quatro bairros da capital. “Existe um um ACT [Acordo de Cooperação Técnica] assinado com a UFRA e nós já estamos conversando. Eles estão ajudando nesse mapeamento e nós vamos retomar esse acordo com a UFRA, porque eles são pesquisadores e têm um trabalho de inventário florístico no município”, afirmou.  

image Juliana Nobre, secretária da Semma (Carmem Helena / O Liberal)

Para garantir um monitoramento contínuo e mais eficiente, a Semma anunciou a reativação do Comitê Técnico de Avaliação, que reúne especialistas de diferentes órgãos, incluindo a Embrapa e o Ministério Público. O comitê terá a missão de garantir um monitoramento mais eficaz e coordenado das árvores da cidade.  

A Prefeitura informou, ainda, que, nos próximos seis meses, lançará um aplicativo para facilitar a comunicação entre a população e a Semma, permitindo que os moradores registrem ocorrências relacionadas a árvores com risco de queda de forma mais ágil.

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