Após queda há dois meses, samaumeiras da Praça Santuário receberam serviços preventivos
Representante da Semma lembrou que comercializar restos desses vegetais pode ser considerado crime
Equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), da Prefeitura de Belém, realizaram, na manhã deste domingo (16), serviços de poda, avaliação fitossanitária e aplicação de remédios para combate a pragas em duas árvores samaumeiras localizadas na Praça Santuário, no bairro de Nazaré. Nenhuma das duas é a samaumeira que perdeu grande parte de sua estrutura há dois meses, no mesmo local.
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Segundo o chefe de Divisão de Poda da Semma, Francisco Júnior, o trabalho deste domingo consistiu em uma ação preventiva nas samaumeiras, que incluiu a poda de levantamento nos galhos arriados e observação visual de rastros de cupim ou de qualquer outro tipo de praga, ou patologia que possa existir nos vegetais. Uma árvore está localizada mais próxima à avenida Generalíssimo Deodoro e outra, ao estacionamento da Praça Santuário. “A poda serve para fazer a manutenção e o equilíbrio do vegetal. Já a avaliação visual é justamente para observarmos patologias ou pragas que possam haver. Essas são árvores centenárias, que precisam desse cuidado”, frisou.
Segundo Júnior, os restos da última samaumeira que caiu no local foram enviados para institutos de pesquisa parceiros da Semma, como Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e Embrapa, que estão analisando a idade média do vegetal. “Com a nova gestão da Semma, estamos focando em retirar os restos desses vegetais, enviar para trituração e disponibilizar o produto final desse processo em para instituições de pesquisa, como Embrapa e Ufra, além da nossa própria Granja Modelo, para que sejam aproveitados como subsídios para novas mudas e, também para pesquisas”, informou.
Comercialização de pedaços de árvores é desaconselhada
De acordo com o técnico, a Semma não compactua com tentativas de comercialização de restos de vegetais que sofreram algum tipo de queda ou morte em Belém, como ocorreu com a outra samaumeira da Praça Santuário. Segundo ele, essa é uma prática vedada pela legislação ambiental, passível de processo administrativo e criminal. “A arborização é um bem público e, por isso, não pode ser comercializada. Nessa situação da outra samaumeira, houve pessoas que se aproveitaram para comercializar restos da árvore em função do apelo religioso, por se tratar de uma vegetal da Praça Santuário. Então, nós reforçamos às pessoas que não comprem esse tipo de material”, destacou.
A enfermeira Lúcia Duarte, que mora no bairro de São Brás e passava pela Praça Santuário no momento dos serviços, fez questão de observar a atividade e levou para casa um pequeno pedaço de um galho podado de samaumeira. “Essas árvores nos trazem muitas lembranças. É a nossa memória que precisa ser preservada. Eu fico feliz de ver que elas estão sendo podadas, melhoradas, cuidadas. Vou levar uma pequena lembrança”, relatou.
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