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Dia Mundial do Café: faça chuva ou faça sol, bebida é considerada ‘sagrada’ dos paraenses

Seja do mais tradicional, como o famoso café pingado, até os mais especiais, como o expresso, faça chuva ou faça sol, o cafezinho da tarde já é hábito sagrado

Gabriel Pires

Celebrado neste domingo (14), o Dia Mundial do Café lembra uma das bebidas mais adoradas dos paraenses. Seja do mais tradicional, como o famoso café pingado, até os mais especiais, como o expresso, faça chuva ou faça sol, o cafezinho da tarde já é hábito sagrado dos brasileiros e acompanha a rotina de muitos. Prova disso é que a bebida é a segunda mais consumida no Brasil, perdendo apenas para a água. O país é o maior produtor e exportador de café a nível mundial.

Para a empresária Renata Karla Silva, de 36 anos, que é natural de Pernambuco, o café de todo o dia é “sagrado” e indispensável. Hábito esse que já vem por anos. E, sem pensar duas vezes, para ela o favorito é o filtrado - ou coado, como é popularmente conhecido - ou o gelado. “Eu tenho uma sensibilidade muito grande para cafés quentes, então eu gosto tomar café morno para frio. E não gosto muito de tomar o expresso. O meu negócio é muito mais café filtrado, porque eu acho que é mais leve”, diz.

image Renata Karla é especialista em café e tem uma cafeteria na capital paraense (Wagner Santana / O Liberal)

“Eu costumo dizer que os meus favoritos são os cafés gelados, o ‘Cold Brew’. E quando eu quero dar uma variada, costumo tomar o café gelado com limão, com laranja. Eu adoro tomar nessas nuances. Mas, pela manhã, é aquele cafezinho tradicional. É aquele café coado, quentinho, com aquele pão, o que é muito típico da nossa rotina como brasileiro. Não tem um dia sem tomar café”, comenta Renata, ao lembrar que, no Pará, mesmo com o calor escaldante, tomar o café no fim da tarde também é inevitável.

Conexão

Renata considera que, para além do costume diário, o hábito de tomar café é uma forma de conectar-se com as pessoas. Isso porque, segundo ela, estimula encontros e as relações sociais. E é essa percepção que a torna apaixonada pela bebida: “Acho que eu sou viciada em cafés porque eu sou viciada em pessoas. Quando a gente pensa em café, que algo que inclusive nem é um hábito do brasileiro de pensar, a gente pensa em pessoas, a gente pensa em trabalho, em estudo”, afirma.

“Pensamos ‘ah, quero tomar um café’. Então, na hora de tomar esse café, vou chamar os meus amigos. Ou então aquele café que tem aquela relação emocional de um café que tomava com a minha mãe, com os meus amigos, com a minha tia ou com a avó. Tem aquela lembrança de tomar quando vamos ao interior, que tem muito aqui, que tomamos com erva-doce. Para mim, o café remete muito a essa conexão com as pessoas. O café está tão enraizado dentro da nossa cultura”, relata Renata.

image "Sou viciada em cafés porque eu sou viciada em pessoas", aponta Renata. (Wagner Santana / O Liberal)

Diversidade

Também especialista em cafés e proprietária de uma cafeteria, Renata explica que existem diversos tipos de preparo e até mesmo de receitas da mesma bebida. Entre as principais: “Nós temos o café expresso e o café filtrado, que é o clássico que todo mundo faz em casa, feito no coador. Tem gente que faz no bule, que mistura o pó. Tem, ainda, os cappuccinos. O tradicional é o cappuccino italiano, que é nada mais nada menos do que um café com leite. É feito com leite cremoso misturado ao café. Sem açúcar”, explica a especialista.

“Mas o grão é tão doce que tem como sentir a doçura do próprio grão. Temos o cold brew, que é o café gelado, feito naturalmente frio. Há, também, o café pingado, que é o café com leite. Geralmente, a gente põe aquela gotinha de café com aquele pouquinho de leite para consumir no dia a dia. É o tradicional do brasileiro. A gente consome tanto em casa quanto em padarias. O que encanta e o que vai fazer diferença nesse pingado é a qualidade do leite e do café, se vai colocar açúcar ou não”, frisa ela.

Saúde

Independente de como é consumido, o café pode trazer diversos benefícios à saúde, como pontua a nutricionista Caroline Raposo, do Hospital Riomar. A especialista destaca que a bebida auxilia na digestão, além de ter efeito antioxidante e anti-inflamatório no organismo. E ainda, atua “na melhora do desempenho físico, estimula a produção de endorfinas, trazendo mais prazer e sensação de bem-estar e ajuda na memória e foco”, detalha a nutricionista.

Também de acordo com a especialista, além da cafeína e dos antioxidantes, o café também é rico em nutrientes, como vitaminas do complexo B, potássio e manganês. No entanto, é necessário consumir com moderação: “Em doses mais elevadas, [o café] pode ocasionar problemas na saúde do coração, como arritmias cardíacas, fibrilação atrial, aumento da pressão arterial, nervosismo, tremores e agitação. E insônia, desconfortos gastrointestinais, como gastrite, refluxo esofágico e aumento do trânsito intestinal, elevação da diurese”.

Com relação à quantidade recomendada, Caroline detalha: “Um adulto sem problemas de saúde pode consumir até quatro xícaras de café coado por dia, para alcançar a dose diária de cafeína recomendada”, pondera. “A ingestão em excesso pode gerar alterações caso o indivíduo tenha alguma doença crônica, cardiovascular, hipertensão ou apresente histórico de colesterol alto. E podem sentir alguns malefícios da bebida para a saúde, podendo alterar o quadro clínico de pessoas com essas comorbidades”, acrescenta.

Portanto, conforme avalia a profissional, é importante que cada caso seja avaliado por um especialista adequado, a fim de evitar prejuízos à saúde. Seja pela probabilidade de agravar alguns casos ou até mesmo propiciar o surgimento de outros quadros. “É importante avaliar se o consumo de cafeína não está sendo exagerado, em caso de desconfortos ou alterações no diagnóstico da pessoa, é fundamental reduzir o consumo ou até mesmo suspender, a depender de cada caso”, finaliza Carolina.

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Belém
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