Deputado estadual requer ação imediata sobre lixão clandestino e fumaça na Grande Belém
A Prefeitura de Ananindeua tomou medidas emergenciais para atender a população com relação aos impactos da fumaça no município
O deputado estadual Rogério Barra (PL) protocolou, junto às prefeituras de Belém e Ananindeua, no dia 6 deste mês, um requerimento de ação imediata para tratar um lixão clandestino no bairro de Águas Lindas, bem como as fumaças registradas na semana passada na região metropolitana. Na última quarta-feira (04), a Prefeitura de Ananindeua tomou medidas emergenciais para atender a população com relação aos impactos da fumaça no município.
Segundo o documento, Belém “tem sido constantemente afetada por uma combinação desagradável de fumaça e odor que prejudicam significativamente a qualidade de vida de nossos cidadãos”. O ofício também fala que, “além de representar riscos à saúde pela inalação de fumaça, essa situação também está colocando em perigo a segurança dos motoristas devido à visibilidade reduzida nas ruas”.
O texto também fala do perigo que condutores e pedestres vêm enfrentado com a pouca visibilidade. “Vimos pedestres arriscando suas vidas ao atravessar a faixa de pedestres em meio a essas densas nuvens de fumaça”.
Ainda conforme o ofício, a origem dessas fumaças pode estar atrelada a um lixão clandestino identificado pela equipe do deputado na área. “Portanto, requeremos a esta Secretaria de Saneamento para que tome medidas imediatas e eficazes para lidar com essa situação crítica, adotando medidas adequadas para conter o problema do lixão clandestino e garantir à saúde pública da sociedade”.
A redação integrada de O Liberal procurou as prefeituras de Ananindeua e Belém para comentar o assunto e aguarda retorno.
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Fumaça em Águas Lindas afeta saúde e o bolso dos moradores
Dianderson Moura Caxias, 40 anos, mora em Águas Lindas com a esposa e os dois filhos há dez anos. É o mesmo bairro onde o lixão clandestino fica. Ele conta que um terreno abandonado virou um ponto de descarte irregular de lixo e entulho de residências e empresas.
No mês passado, um incêndio atingiu o lixão. Apesar do fogo ter sido controlado, a fumaça é insuportável, principalmente à noite. “É muita fumaça. É o segundo ano que botam fogo no local. Não tem como morar lá. Minha esposa é costureira e ela teve que parar de trabalhar. As clientes vêm aqui em casa, ela tem que abrir a porta e a fumaça consome a casa. Penso até em vender a casa, porque não tem como viver aqui. A rua é infestada de lixo e as crianças não têm como brincar”, conta.
Além destes problemas, ele acrescenta que a saúde da família e a dele está sendo prejudicada pela forte fumaça. “Minha filha está se queixando de febre e dor no peito. Minha esposa e eu vivemos com dor de cabeça. A cadelinha que tenho está com alergia. Acredito que seja por conta da fumaça”, diz.
Para contornar a fumaça, o jeito que Dianderson encontrou aumentar a utilização dos ventiladores em casa. Ele assume que essa alternativa pode pesar no bolso para que consiga morar no bairro. “A casa fica toda fechada e ficamos só em um cômodo. Passamos o dia todo com os ventiladores ligados para amenizar a fumaça. Por isso acho que a conta de energia vai pesar esse mês”, afirma.
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