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Congresso debate sustentabilidade e avanços em tratamentos de saúde na Amazônia

O aprimoramento visa melhorias para a população, como propõe as discussões preparatórias para a COP 30

O Liberal

Para tratar sobre o acesso a serviços de saúde, qualidade de vida e a promoção de hábitos sustentáveis, de 16 a 18 de agosto Belém irá sediar o XX Congresso Médico Amazônico. Durante os três dias, profissionais das mais variadas áreas da medicina se encontram no Hangar Centro de Convenções para debater sobre inovações científicas e, principalmente, compartilhar com a sociedade como as atualizações na área se conectam e influenciam na vida de quem está na Amazônia. O evento é considerado uma preparação para a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece no Pará em 2025.

Entre assuntos discutidos estão: o panorama dos transplantes no Pará, os cuidados necessários no desenvolvimento infantil, a fluoração (o uso do flúor) na água de populações, a eficiência dos tratamentos homeopáticos, os avanços no tratamento da doença de Parkinson, o panorama vacinal no Pará(como estamos em relação ao plano nacional de imunização), e os riscos e verdades sobre o uso de dispositivos eletrônicos (vape) e narguilés.

O evento realizado pela Sociedade médico-cirúrgica do Pará vai trazer palestras, mesas redondas e conferências sobre mais de 20 temas para profissionais da área da medicina, estudantes e pesquisadores no âmbito regional e nacional.

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Saúde na Amazônia

As questões relacionadas à saúde, desenvolvimento e sustentabilidade na região Amazônica estão no centro de inúmeras discussões em todo o país. Os tratamentos inovadores na área médica, que estão cada vez mais alinhados com a questão da sustentabilidade, melhoram significativamente a qualidade de vida da população local. Em entrevista ao O Liberal, José Rufino dos Santos, Presidente da Sociedade médico-cirúrgica do Estado do Pará, aponta que os avanços tecnológicos e as questões sobre a preservação do meio ambiente estão diretamente relacionadas com a saúde de quem vive na Amazônia.

“Hoje em dia a gente tem cada vez mais essa prática de relacionar a sustentabilidade e a saúde. Muitos hospitais e clínicas trabalham com a sustentabilidade na redução de resíduos. Principalmente hoje, em que imprime-se menos papel. Além disso, conseguimos ver através da telemedicina os cuidados com quem vive em regiões mais remotas. O uso consciente da medicina, que com o aprendizado que temos na região, pode revolucionar a nossa área de atuação, todos esses temas devem ser destacados”, expressa José Rufino.

Conforme o médico, muitos pesquisadores e comunidades estão trabalhando em conjunto para desenvolver e trazer ao Pará o que há de novidade na medicina. Para José Rufino, é importante fazer a população participar do debate, pois a saúde na Amazônia não se limita apenas aos tratamentos. “Os hábitos de vida saudáveis, a educação em saúde e a preservação do meio ambiente são pilares fundamentais para garantir um futuro mais promissor para a região. Quando falamos e debatemos sobre essa relação, o profissional da saúde também pode levar ao seu paciente e aplicar nos seus consultórios esse aprendizado. O objetivo é falar e promover essa discussão entre sustentabilidade e inovação, que traz muitos ganhos para a sociedade paraense”, afirma o médico.

Falar sobre a relação entre a saúde, a inovação e a sustentabilidade traz à tona também o conhecimento e entendimento sobre como utilizar recursos naturais de forma sustentável, para contribuir na conservação da biodiversidade da Amazônia. Os avanços nessa área demonstram que é possível conciliar desenvolvimento e preservação ambiental, construindo um futuro mais justo e equilibrado para todos, como será tratado na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, no Pará.

Belém