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Motos são maioria, mas carros são mais envolvidos em acidentes no Pará; veja os números

No período disponível, Detran registrou mais de 8 mil acidentes com carros, enquanto os de moto passaram pouco de 5 mil

Dilson Pimentel

Dados do Departamento Estadual de Trânsito do Pará (Detran-PA) revelam que as motos foram 61,4% da frota (soma de carros e motos) do Pará em 2024 - foram exatamente 1.216.124 motos, enquanto o estado contou apenas 761.759 carros. À despeito do senso comum sobre a periculosidade desses veículos, os carros foram os protagonistas em acidentes de trânsito no mesmo ano: no período entre janeiro e abril de 2024 (limite do balanço disponível no órgão, que segue em atualização) eles estiveram envolvidos em 8.889 sinistros, enquanto as motos em apenas 5.123.

Enquanto a equipe de reportagem registrava o fluxo de veículos na avenida Almirante Barroso na manhã de segunda-feira, 10, um acidente de trânsito acabou exemplificando essa realidade: próximo à travessa do Chaco, no bairro do Marco, por volta das 11 horas, um carro particular colidiu com uma van. Ninguém se machucou e os danos foram materiais. Os dois condutores conversaram no local, chegaram a um acordo e foram embora, não sendo possível, portanto, saber o que pode ter causado o acidente.

Trafegando no dia a dia do trânsito de Belém, os condutores Lucas Carvalho Evangelista (motociclista) e Geraldo Rodrigues (motorista) falam sobre os desafios de dirigir na cidade. Lucas Carvalho Evangelista, de 28 anos, é entregador e usa a motocicleta para realizar esse trabalho. Trafegando diariamente pelas ruas da cidade, ele reclama da conduta de alguns motoristas. “É muito carro fazendo ultrapassagens. Ultrapassagens feitas na frente dos motoqueiros. Não se respeita o motoqueiro. Aí fica ruim pra gente”, disse.

Ele contou que, há algum tempo, sofreu um acidente, mas por causa da conservação da pista. Foi desviar de um buraco e caiu. Para evitar se envolver em acidentes, Lucas Carvalho contou que procura conduzir a moto mais devagar e ter mais atenção no trânsito. “Tem que ter muita atenção por causa dessas ultrapassagens dos carros, que fecham a gente”, afirmou. Essa precaução aumenta nesse período de muita chuva. “Aí fica mais complicado. Aí mesmo é que temos que reduzir a velocidade”, acrescentou. Lucas pede que haja mais fiscalização no trânsito, sobretudo para coibir as imprudências dos condutores, e que os motoristas dirijam com mais prudência. “Nós ficamos muito vulneráveis no trânsito”, afirmou.

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image Militar aposentado Geraldo Rodrigues: “A nossa capital é muito complicada. Não tem vias suficientes para a quantidade de carros que nós temos em Belém" (Foto: Thiago Gomes/O Liberal)

O militar aposentado Geraldo Rodrigues, 78 anos, usa seu veículo para realizar seus compromissos diários. Ele também se queixa da falta de respeito no trânsito de alguns condutores. “Não têm paciência quando o sinal está fechado. E, assim que abre, já começa a buzinar”, disse. “Deveriam pegar o exemplo de Fortaleza (CE). Em Belém, não tem educação no trânsito. É motoqueiro ‘cortando’ pela direita, pela esquerda, batendo em você, batendo nas pessoas”.

Para não se envolver em acidentes, seu Geraldo contou que dirige com cautela e com baixa velocidade, que Belém não tem como você correr. E respeitar as leis de trânsito. “A nossa capital é muito complicada. Não tem vias suficientes para a quantidade de carros que nós temos em Belém. E, quando chove, fica pior ainda. Tem que melhorar a nossa capital”, afirmou o militar. E, enquanto a equipe de reportagem registrava o fluxo de veículos na avenida Almirante Barroso, houve um acidente, próximo à travessa do Chaco, no bairro do Marco. O sinistro envolveu uma van e um carro particular. Ninguém se machucou e os danos foram materiais. Os dois condutores conversaram no local, chegaram a um acordo e foram embora.

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