Belém terá ato em defesa do meio ambiente
Movimento será na manhã deste sábado (24) na Praça da República
Diante dos últimos acontecimentos na Amazônia, nos quais queimadas estão causando devastação em grande escala na floresta, movimentos nacionais se reuniram para uma grande mobilização neste sábado (24). Pelo menos 20 cidades já confirmaram manifestações para a data. No Pará, um ato está confirmado na Praça da República, em Belém, com concentração a partir das 8h.
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Uma das mobilizadoras do ato na capital paraense, a indígena Nice Krõwatj explica que a mobilização surgiu espontaneamente após os escândalos que chamaram atenção internacional. "A gente fez uma reunião na quinta-feira (22) e muitas pessoas já estão confirmadas no evento do Facebook. Estamos tentando agregar todos: ONGs, movimentos sociais, universidades, para fazer um grande ato" destaca.
Na frente da passeata, que deve sair da Praça da República e seguir pela avenida Presidente Vargas em direção ao Ver-o-Peso até a Praça do Relógio, uma grande faixa com a frase "Salve Amazônia" será carregada pelos manifestantes. Apartidário, o protesto terá um trio e irá dar fala para ONGs, repasses de dados, estudos de universidades, cientistas e outros. "A ideia é fazer um ato informativo da realidade, mostrar o que está acontecendo e abrir fala para os movimentos sociais que queiram se posicionar".
O término do ato está programado para a Praça do Relógio, onde um movimento simbólico será feito: no local, os manifestantes irão 'abraçar' a natureza.
"O sentido do nosso ato é fazer um debate que a Amazônia não é só a floresta em si, mas toda a vida que há nela. Os povos que dependem dela, os indígenas, ribeirinhos, animais. Falar sobre essa queimada, que na proporção que está a gente pode estar perdendo biodiversidades que já estavam em processo de extinção e isso deve ter acelerado" afirma. Além disso, o grupo pretende construir um manifesto para entregar ao Governo do Estado e instituições internacionais "para procurar se conectar a nível mundial, porque a gente avalia que o Governo Brasileiro está de braços curvados, então queremos fazer um apelo a nível internacional para pelo menos conseguirmos ajuda para combater as chamas".
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