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Belém chega a 7 dias sem ocupação de leitos clínicos para covid-19

O secretário municipal de Saúde atribui o fato ao avanço da vacinação em todo o estado, mas alerta para a necessidade de manter os cuidados e completar a vacinação

Dilson Pimentel
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Belém completou sete dias sem registrar a ocupação de leitos clínicos para covid-19. Para o secretário municipal de Saúde, Maurício Bezerra, esse fato está diretamente relacionado ao avanço da vacinação no município. É que, na medida em que se aumenta a quantidade de pessoas vacinadas, diminui-se a transmissão da doença. E, portanto, diminui a ocorrência de casos graves que precisam, por exemplo, de suporte de UTI.

Atualmente, 72% da população de Belém está vacinada em primeira dose e 52% com duas doses. E, neste final de semana, a Sesma fará um grande mutirão de vacinação para receber todas as pessoas que ainda não se imunizaram por alguma razão, seja com a primeira dose ou com a segunda dose. O secretário reafirmou que a meta da Secretaria é chegar, no dia 12 de novembro, com 75% da população de Belém vacinada em duas doses, o que equivale a aproximadamente 1,2 milhão de pessoas. Ou, no máximo, alcançar esse índice no final de novembro. “Com isso, a gente cria uma barreira sanitária em Belém que vai levar praticamente a zero a transmissão do coronavírus”, completou.  Alcançando essa meta, Belém pode entrar em 2022 com a possibilidade de voltar, gradativamente, porém o mais rapidamente possível, à normalidade do funcionamento da sociedade, explicou. 

Titular da Sesma alerta: é preciso manter os cuidados de proteção individual

Mas, para vacinar 75% da população com as duas doses, é fundamental a participação da população, destacando a importância de se continuar adotando as medidas de proteção individual. Por isso, a Sesma tem se reunido com todos os segmentos da sociedade que trabalham com grande volume de público, como, por exemplo, clube de futebol e empresas promotoras de eventos artísticos.  O secretário Maurício Bezerra disse compreender perfeitamente que as atividades econômicas precisam ser reativadas e muitas pessoas dependem desses serviços para sobreviver. “Mas precisamos fazer isso com segurança e, graças a Deus, temos tido uma colaboração muito boa dos clubes de futebol, das empresas promotoras de eventos e do pessoal que trabalha em restaurantes, bares”, afirmou. Mas, embora não seja essa a lógica de trabalho, ele alertou: se for necessário, a Sesma está preparada para interditar um determinado evento, logradouro, bar, restaurante.

O secretário também falou sobre o prefeito Edmilson Rodrigues, que foi infectado com a variante Delta. Há seis casos dessa variante em Belém. Ele explicou que há casos no Brasil e no mundo todo. O vírus é um ser e sofre permanentemente modificações na sua estrutura. O vírus de hoje não será o mesmo no dia seguinte. A isso se chama variantes do vírus. E, em alguns casos, ele pode ir se tornando cada vez mais agressivo, como é o caso da variante Delta. O número dessa variante circulando no Brasil, no Pará e em Belém é pequeno, mas a população precisa adotar todos os cuidados. É que essa variante é muito mais agressiva e tem uma capacidade de transmissão muito maior que o vírus original.

Doença do prefeito Edmilson demonstra agressividade da variante Delta

O titular da Sesma classificou como pontual o que houve com o prefeito Edmilson. “Isso demonstra a agressividade da variante. Uma pessoa vacinada com duas doses e que não tem comorbidade. O prefeito não é hipertenso, diabético, não tem problema renal. Ele contraiu uma forma que evoluiu de forma grave. Ele já está bem, graças a Deus, já saiu da UTI, está no quarto”, disse.

O prefeito ainda não pode receber muita visita, porque necessita de certo repouso. “Ele teve uma das formas mais graves descritas até aqui da doença. Isso só reforça a necessidade de mantermos os cuidados de proteção individual, pois a pandemia não acabou, porque você nunca sabe qual é a forma do vírus que pode lhe infectar. E, se for a variante Delta, nunca sabe como vai ser a manifestação da doença causada por essa variante em seu organismo”, explicou. “Se o prefeito, ou qualquer pessoa na condição dele, vacinado com duas doses, e mesmo sem comorbidade, contraiu a variante Delta e desenvolveu forma grave da doença, imagine se ele não tivesse sido vacinado. Provavelmente, não estaria vivo neste momento. Isso só reforça a necessidade da vacina e da proteção individual”, acrescentou.

 

 

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