Tribunal de Contas do Estado abre tradicional exposição de barcos de miriti
"Miriti - A arte que encanta" reúne 150 barcos nos espelhos d'água em frente à sede da instituição
A pandemia da Covid-19 não impediu que o Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA) abrisse, nesta sexta-feira (9), no começo da noite, a exposição “Canoas de Promesseiros 2020”, com o tema “Miriti – A arte que encanta”, reunindo 150 barcos de miriti com locação nos espelhos d´água que adornam a sede da instituição, na travessa Quintino Bocaiúva com a avenida Nazaré, no centro de Belém.
E, este ano, há um motivo a mais para o público conferir as atrações e para se comemorar a mostra: ela chega à décima edição, com exposição de fotos e mais um vídeo ao público na frente da sede do TCE.
O servidor público Robenil Costa, 55 anos, destacou que “essa mostra gera renda para as famílias de artesãos e encanta a população; eu, por exemplo, envio fotos daqui para a minha família em São Paulo, e eles ficam maravilhados com o evento”.
Para o comerciário Roberval Rodrigues, 67 anos, “essa exposição representa a nossa realidade, que são os ribeirinhos; eles são quem traz a alegria, principalmente nesta época do Círio”. “Esse trabalho é uma demonstração que, acima da pandemia, está a fé, que é algo importante para qualquer pessoa”, acrescentou.
O fotógrafo Rodrigo Lima, 44 anos, fotógrafo, tem seus trabalhos fotográficos expostos no local. “Este é um momento de fé e devoção neste período da pandemia. É emocionante para todos nós”, disse.
O presidente do TCE, conselheiro Odilon Teixeira, destacou que o projeto idealizado pelo conselheiro Nelson Chaves chega ao seu décimo ano com um interesse crescente da população a cada ano e como uma forma de o Tribunal reforçar seus laços com a sociedade paraense por meio da valorização da cultura do povo da região. “Essa exposição faz parte do calendário de eventos do Tribunal e valoriza a arte do miriti e a fé do povo paraense”, reiterou.
A mostra pode ser visitada até 26 deste mês, ao longo do dia, incluindo a noite, quando a exposição vai contar com iluminação específica. Odilon Teixeira fez questão de participar da abertura do evento no começo da noite, juntamente com outros integrantes da Corte de Contas do Pará.
O conselheiro Nelson Chaves, idealizador da mostra, em 2010, disse que “é muito forte a relação do povo amazônico, povo das águas, com o Círio de Nazaré, porque, além do uso de canoas no dia a dia, nas estradas líquidas, existe a participação no Círio Fluvial, idealizado pelo jornalista Carlos Rocque em 1983; daí a exposição para homenagear os cidadãos e a fé em Nossa Senhora de Nazaré”.
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