Atos de 7 de setembro levam milhares às ruas de Belém de forma pacífica
Três manifestações a favor do presidente Bolsonaro e uma contra lotaram vários pontos da capital paraense
O Dia da Independência, em Belém, foi marcado por quatro grandes manifestações. Três delas, a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A outra, contrária, já ocorre há 27 anos: o "Grito dos Excluídos e das Excluídas". Este ano, ele foi escolhido para unificar todos os movimentos contra o atual presidente da república. Nenhum dos atos se encontrou e todos começaram e terminaram de forma pacífica, apesar de tensões isoladas e rapidamente contidas. Muitos policiais se fizeram presentes nas ruas da capital na manhã desta terça-feira (7).
Durante toda a manhã, o portal OLiberal.com acompanhou, em tempo real, tudo que aconteceu em vários pontos da cidade com informações em vídeo, fotos, textos e entradas ao vivo no @oliberal.com. Veja os principais momentos dos atos de 7 de Setembro.
27º Grito dos Excluídos e das Excluídas: sobre saúde, segurança alimentar e povos tradicionais
A 27ª edição do Grito dos Excluídos e das Excluídas — manifestação que sempre ocorre no Dia da Independência do Brasil — foi um ato único de quem se posicionou contra a gestão do presidente Jair Bolsonaro.
Foi o ato com a maior presença de policiais, desde muito antes do início da mobilização, que começou no Largo do Redondo, na Avenida Nazaré.
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Os manifestantes fizeram orações ecumênicas (várias religiões reunidas), às 9h, e então caminharam até o Mercado de São Brás. O ato acabou pouco antes do 12h, após vários discursos de ativistas sociais, lideranças indígenas e quilombolas, sindicalistas e demais movimentos e entidades ligadas à defesa dos Direitos Humanos. Veja fotos:
A pauta deste ano incluiu vacina contra a covid-19, emprego, segurança alimentar, oposição aos discursos de ódio e fake news, críticas à gestão Bolsonaro e repúdio ao marco temporal da demarcação de terras indígenas.
Manifestações pró-Governo na Presidente Vargas e na Porto Futuro, na 'Doca'
Desde cedo, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se concentraram em dois pontos do centro da capital paraenses: na Escadinha da Estação das Docas (no início da Avenida Presidente Vargas) e no Porto Futuro, na Visconde de Souza Franco, a 'Doca. Por volta das 9h, os manifestantes que estavam na Escadinha seguiram, a pé, de carro, de moto ou bicicleta, pela Avenida Presidente Vargas até a Praça da República, onde pararam para cantar o Hino Nacional. O grupo continuou seguindo pela Avenida Nazaré até a travessa Quintino Bocaiúva, passando pela Rua Boaventura da Silva. Por volta de meio dia, eles chegaram a Doca. Veja fotos:
As manifestações também foram acompanhadas por caminhoneiros, que inicialmente não tiveram autorização para entrar na Doca. Após negociação com a Polícia Militar, o acesso deles foi liberado.
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Não há uma estimativa oficial de quantas pessoas participaram na manifestação, que contou com a presença de políticos, entre eles o deputado federal Éder Mauro (PSD), o deputado estadual Delegado Caveira (PP) e o delegado federal Everaldo Eguchi (Patriota), candidato que ficou em segundo lugar nas últimas eleições para a Prefeitura de Belém.
Marcha pela Liberdade reuniu multidão no Mangueirão
Com cerca de duas horas de programação e a adesão de centenas de participantes, a Marcha pela Liberdade, organizada pela Assembleia de Deus, Igreja do Evangelho Quadrangular e outras congregações pentecostais, foi marcada por uma caminhada de meia hora na Avenida Augusto Montenegro, seguida de uma grande mobilização no estacionamento do estádio Mangueirão, no bairro do Bengui. O ato, antes, teve concentração e abertura religiosa no Centro de Convenções Centenário, da Assembleia de Deus, também na Augusto Montenegro.
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Antes da programação geral, participantes também aguardavam, desde as 8h, no estacionamento do Mangueirão. A marcha partiu do Centro de Convenções Centenário às 9h30. Um trio elétrico deu apoio ao ato e várias lideranças religiosas fizeram pronunciamentos.
Uma das supresas foi a presença de Rodolfo Jefferson Filho, filho de Roberto Jefferson, o ex-deputado e presidente nacional do PTB que está preso, desde o dia 13 de agosto, após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, dentro do chamado inquérito da ‘mílicia digital’. "A prisão do meu pai é arbitrária, por se manifestar contra um regime ditatorial do Supremo", disse o convidado do ato. Veja fotos:
A manifestação encerrou às 11h, debaixo do sol forte do feriado, com uma oração feita pelos participantes, de joelhos, no estacionamento do Mangueirão.
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