Ângela Sales se torna membro da Academia Paraense de Letras Jurídicas (APLJ)
Ângela Sales ocupa a cadeira de número 13, que já foi ocupada por seu irmão Egídio Machado Sales Filho, falecido em 2020 e seu pai, Egídio Machado Sales, o primeiro o ocupar a cadeira
Na noite desta sexta-feira, 16, a advogada Ângela Serra Sales tomou posse na Academia Paraense de Letras Jurídicas (APLJ) ocupando a cadeira de número 13. A cerimônia ocorreu na sede da Academia Paraense de Letras (APL), com a presença do presidente da APL, Thadeu de Jesus e Silva, do senador Jader Barbalho, do secretário Geral da APL, Raimundo Wilson Raio, e de outras autoridades presentes.
Ângela Sales recebeu o colar acadêmico - uma medalha - e um diploma, que a tornou "imortal". Após o discurso do presidente, a jurista subiu ao púlpito para discursar pela primeira vez. Emocionada, destacou que apesar da honra e orgulho, era difícil assumir a cadeira do irmão Egídio Machado Sales Filho, falecido em 2020, e seu pai, Egídio Machado Sales, o primeiro o ocupar a cadeira. "Eu sou advogada militante, especialmente na área de direito público, eleitoral, administrativo, constitucional e tenho passei mais de 30 anos no serviço público estadual como parecerista", iniciou.
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"Um dos acadêmicos que mais me incentivou, foi o acadêmico André Meira, mostrando a necessidade de prosseguir o legado do meu irmão que tinha sido tão bruscamente interrompido. E eu então aceitei me candidatar à eleição e fui eleita com 24 votos dos 32 em disputa", completou.
Sobre a responsabilidade e sentimento de se tornar membro da APLJ, é ser uma mulher na carreira jurídica, disse Ângela. "A maior a maior responsabilidade, qualquer acadêmico, especialmente eu sendo mulher com toda essa trajetória na OAB e OAB-PA, é que as mulheres se inspirem e busquem todos os caminhos, todos os espaços profissionais. Que não temam, não receiem. Pode administrar uma família e ter uma vida profissional independente. Isso é muito importante para passar esse estímulo às advogadas", destacou.
O senador Jader Barbalho esteve presente no evento e foi citado no discurso da acadêmica recém empossada. Questionado sobre a importância da noite e a relevância da academia, o parlamentar destacou a carreira jurídica de Sales."Gostaria de dizer a alegria imensa de participar dessa sessão em que a Ângela assume essa cadeira na Academia de Letras Jurídicas. Por merecimento, uma profissional reconhecidamente, de grande valor e sabedoria jurídica. E, particularmente, como seu amigo e testemunhei ao longo da sua vida a sua luta", declarou Jader.
O presidente Thadeu de Jesus e Silva acredita que ao ocupar a cadeira de número 13, restabelece a sua ordem natural e que a jurista contribuirá com a sua experiência." É uma feliz coincidência de ter o pai como fundador da cadeira, depois o filho que o sucedeu, e agora a filha. A terceira na linha dos Sales a ocupar a cadeira número 13. Para a cadeia é sempre uma alegria muito grande recompor a sua a sua organização, a sua composição", iniciou.
"É uma alegria muito grande receber a Ângela que tem com certeza muita saúde, muita experiência para dar na academia. [Para os novos advogados] Acompanhar o espírito crítico da academia. Acompanhar a lembrança dos antigos e que fizeram cultura jurídica desse estado", ressaltou.
A academia possui 40 cadeiras, atualmente 39 delas estão ocupadas. No mês de agosto haverá outra eleição para preencher a cadeira de número 32, que vagou com o falecimento da desembargadora
No mês de agosto haverá outra eleição para preencher a cadeira de número 32, que era da desembargadora Izabel Benone, que faleceu no ano de 2022, relembrou o presidente. "Nossa academia tem 40 cadeiras, pessoas com os mais diversos matizes da cultura jurídica do nosso estado. O objetivo da academia é preservar a cultura jurídica do estado. E levá-la para o futuro, deixando pros prósperos uma experiência de cultura jurídica que o nosso estado tem.
Raimundo Wilson Raio, secretário Geral da APL, destacou a importância de Ângela se somar a outras mulheres na APLJ, ao todo são 10 mulheres ocupando o cargo. "Essa cerimônia é importante para mostrar o empoderamento da mulher e mostrar onde a carreira jurídica pode levar alguém. É um exemplo para a sociedade e para os jovens", finalizou.
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